Nutricionistas: os profissionais da alimentação

Além de hospitais e clínicas, trabalhadores da área podem atuar em restaurantes e academias, por exemplo

por Nathan Santos qua, 19/09/2012 - 08:45
Marcello Casal Jr./ABr População consegue construir um cardápio saudável com orientações de um nutricionista Marcello Casal Jr./ABr

Alimentação é uma necessidade extremamente importante para a sobrevivência dos seres humanos. Algumas comidas podem garantir a saúde de um indivíduo, assim como uma má alimentação pode causar doenças. Por esses e outros motivos, existe a profissão de nutricionista. A área estuda os alimentos e a relação que eles têm com o bem estar e a saúde da sociedade como um todo.

O segmento possui vários espaços de atuação, e obviamente que o foco principal de trabalho é a alimentação. Dentre as áreas de atuação está a alimentação coletiva. São os serviços terceirizados, geralmente encontrados em restaurantes, bufets, cozinhas de empresas, entre outros locais que contam com a atuação de nutricionistas, que ajudam a formar um cardápio de acordo com a necessidade e público alvo das instituições.

Existem também os nutricionistas da autogestão. Esses não prestam serviços terceirizados e são donos dos próprios negócios Todavia, um dos setores mais conhecidos da área é a nutrição clínica. São os profissionais que trabalham em hospitais e clínicas médicas, criando dietas de acordo com a necessidade dos pacientes. É possível identificar se a pessoa é obesa, se está desnutrida, ou qualquer outro problema que tem relação com a alimentação.

Para o tratamento dessas doenças, o profissional é responsável por programar algumas atividades, como as conhecidas dietas. “Quem está doente deve ser submetido a uma dietaterapia, que também é chamada de terapia nutricional”, explica a nutricionista e professora universitária Marcella de Arruda Moreira. “Deve haver uma mudança de estilo de vida do paciente, principalmente no que diz respeito a alimentação”, completa a nutricionista.

Na sala de aula

A graduação de nutrição possui duração de quatro anos, e após o período, os formados devem uma especialização, o que soma mais dois anos. A área de saúde tem mais “peso” na graduação, com destaque para as disciplinas de química e biologia. A matemática também é cobrada, uma vez que em inúmeros momentos de trabalho os nutricionistas precisam calcular as dietas.

Segundo Aline Gomes, de 29 anos, que está no oitavo período do curso de nutrição da UNINASSAU, no Recife, a escolha da graduação foi feita através de uma pesquisa. “Eu não tinha familiaridade com a área, mas gostava muito de saúde. Por isso fiz uma pesquisa e percebi que a nutrição era o que de fato eu poderia gostar”, conta Aline.

Atualmente, Aline está estagiando no setor de produção de alimentos. Porém, essa ainda não é a área da sua especialização. Ela ainda pretende atuar na área de nutrição clínica, na intenção de identificar se esse pode ser seu setor definitivo de atuação.

O mercado

De acordo com Marcella de Arruda, além das áreas citadas anteriormente, há um segmento que está se destacando bastante. Trata-se da nutrição esportiva, em que o profissional atua em academias, clubes esportivos ou similares. O nutricionista cuida da alimentação dos atletas, conforme as necessidades clínicas de cada um.

Segundo o Sindicato dos Nutricionistas de Pernambuco (Sinepe), o salário mínimo da categoria, de até oito horas diárias de trabalho, é de R$ 1.618,43. Entretanto, um profissional com especializações pode ganhar remunerações maiores, dependendo do cargo desempenhado. Mais detalhes informativos sobre a categoria podem ser vistos na página virtual do sindicato.

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