Senai avalia que país precisará de 7,2 mi de técnicos

Pesquisa realizada pela instituição aponta que, até 2015, serão criadas 1,1 milhão de vagas na indústria para 177 ocupações

por Carlos Alberto Prado sex, 21/09/2012 - 12:36

Segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2012, uma pesquisa elaborada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Brasil vai precisar de 7,2 milhões de trabalhadores de níveis técnicos e em áreas de média qualificação para atuar no mercado até 2015. 

Desse total, 1,1 milhão de trabalhadores devem ingressar em novas vagas, enquanto os outros 6,1 mi já estão encaixados no mercado de trabalho, mas precisam manter-se qualificados para acompanhar a evolução da indústria.

Segundo a pesquisa, serão 177 ocupações com demanda por profissionais, entre elas, para trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais), padeiros e supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas.

A maior parte da demanda será na região Sudeste, que deve ficar com 4,13 milhões (57,6%) desses postos de trabalho. A região Sul, ficará com 1,50 milhão (20,9%); 854,50 mil (11,9%) no Nordeste, 383,50 mil (5,5%) no Centro-Oeste e 294,80 mil (4,1%) no Norte.

No quesito ocupações que demandam cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, o setor de alimentos lidera os postos de trabalho. Serão necessários 174,6 mil trabalhadores para a indústria de alimentos (cozinheiros industriais) nos próximos três anos em todo o país. Nesse mesmo período, a indústria ainda deve precisar de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil.

No ranking das ocupações técnicas, os técnicos de controle da produção serão os mais requisitados, com uma demanda de 88.766 profissionais, seguido por técnicos em eletrônica com 39.919, e técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972.

Segundo dados da assessoria de comunicação do Senai, a instituição oferece anualmente 2,5 milhões de vagas para cursos técnicos de nível médio e cursos de aprendizagem industrial, aperfeiçoamento profissional e qualificação profissional.

Ainda de acordo com o Senai, os cursos oferecidos possibilitam melhores chances de salário e de colocação no mercado de trabalho. Numa pesquisa realizada pela instituição, cerca de 80% dos formados nos cursos técnicos em 2010 estavam trabalhando em 2011 e recebiam, em média, 2,47 salários mínimos, o que na época era equivalente a R$ 1.346,15 ao mês.

Esses trabalhadores ainda são muito bem avaliados por seus supervisores nas empresas. Em uma escala de zero a dez, receberam 8,4 no quesito competências básicas e 8,3 em competências específicas e de gestão.

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