Menos de 2% das vagas do Novos Caminhos serão gratuitas

Segundo MEC, das 3,4 milhões de vagas oferecidas em novo programa de ensino técnico, apenas 40 mil serão gratuitas

por Camilla de Assis ter, 08/10/2019 - 15:43
Marcelo Camargo/Agência Brasil Coletiva de imprensa foi realizada nesta terça-feira, 8 Marcelo Camargo/Agência Brasil

O programa Novos Caminhos, novo projeto de educação técnica do Ministério da Educação (MEC), irá ofertar 3,4 milhões de vagas até 2023. Desse montante, apenas 40 mil serão gratuitas. Todas as demais terão valores cobrados, segundo a assessoria de imprensa do MEC. Valores não foram divulgados.

As vagas disponibiulizadas sem custo serão voltadas para a formação de professores. Segundo o MEC, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (8), a expectativa é que haja um aumento de 80% nas matrículas na educação técnica sejam inscritas cerca de 1,5 milhão de estudantes por ano. 

"O objetivo é promover a educação técnica de qualidade a jovens adultos", garantiu o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Culau, em entrevista de imprensa realizada nesta terça-feira (8). Para garantir a execução do programa, serão usados, pelo menos, R$ 550 milhões, extraídos de recursos paralizados no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

O Novos Caminhos irá trabalhar com base em três eixos. O primeiro é focado em oferecer um novo catálogo de cursos técnicos, regularizar os diplomas e a oferta no ensino privado. Já o segundo, objetiva a abertura de duas mil vagas de cursos de mestrado e doutorado em educação profissional e tecnológica. Outras 21 mil vagas estão previstas para a formação de professores de ciências e matemática até o final do ano de 2022.

Além disso, ainda será realizada a construção de um escritório de inovação e empreendedorismo, que lançará editais com aportes de R$ 40 milhões e R$ 20 milhões para as áreas de desenvolvimento de tecnologias. Datas de lançamento dos documentos ainda não foram divulgados pelo MEC. Por fim, haverá a ampliação de cinco polos de institutos federais. O Ministério também não informou maiores detalhes sobre quais seriam as unidades e de que forma seria realizada a ampliação.

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