Não estudou para o Enem? Tenha calma, porque há esperança
Professores revelam, com exclusividade, o que ainda é possível estudar para a prova
A menos de um mês para a aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os feras tendem a ficar mais apreensivos. Além disso, alguns estudantes acabam deixando para estudar às vésperas da prova ou não se dedicaram aos estudos durante o ano de preparação. Apesar desses problemas, professores mostram estratégias que podem trazer esperança para os candidatos.
Para Tereza Albuquerque, professora de redação, o fera pode utilizar recursos tecnológicos para estudar. “Para o aluno que vai começar a estudar agora o mais importante é a produção textual e fazer leituras. Se possível, conseguir um professor para fazer a correção. Caso ele não consiga, ele pode entrar em sites que corrigem redação, para ele [o aluno] ter uma noção [...] O aluno pode lançar mão de recursos tecnológicos”, conta.
Ainda de acordo com Tereza, saber o conteúdo mas não praticar a produção pode causar problemas. “A questão da redação está intimamente relacionada à produção textual. Por mais conteúdo que ele tenha, se não houver a produção, obviamente, ele vai ter problemas com a nota”, concluiu.
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Segundo Heron Andrade, que leciona química, o fera precisa focar em assuntos recorrentes do Exame. “O mais efetivo é tentar focar em assuntos como forças intermoleculares, na parte de ligações químicas, identificar o tipo de reação química que os átomos realizam, buscar fazer com que na parte de termoquímica”, disse o professor, ao LeiaJá.
Para ele, estudar tópicos referentes ao meio ambiente é de extrema importância para garantir uma boa nota da prova de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias. “Na parte de meio ambiente o fera pode identificar os fenômenos relacionados à chuva ácida e à perspectiva do efeito estufa.”
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O professor de matemática Marconi Sousa enfatizou que o fera necessita concentrar seus estudos em funções. “O aluno não pode deixar de estudar as funções em geral. A função do primeiro grau, conhecida como função afim, função do segundo grau, que os alunos conhecem como quadrática”, contou.
Segundo ele, outros assuntos, como análise combinatória e probabilidade, não podem ficar de fora das revisões dos feras. “Análise combinatória e probabilidade são assuntos de álgebra que o fera não pode deixar de estudar. Até porque, ano passado, caíram cinco questões de probabilidade e uma de análise combinatória. Então, eu acho que combinatória e probabilidade vão ficar equiparadas [no número de questões] nesta edição”, disse
Ainda sobre a prova de Matemática e Suas Tecnologias, o professor Ricardo Berardo, de geometria, indicou que saber calcular a área de figuras é fundamental. “Para o fera que ainda não teve tempo de estudar geometria, tem a parte de geometria plana [...] as áreas de figuras, principalmente de corpos redondos, com cilindros, cones e esferas também são importantes”.
Em biologia,o professor Ramon Gadelha indica que o fera estude, além de outros tópicos, ecologia. “A menos de um mês para a prova do Enem ainda dá para o fera estudar muita coisa. Mantendo o foco e direcionar àquilo que realmente é importante. Não estudar aquilo que não cai na prova, e focar naquilo que é importante como ecologia, imunologia, genética, focando em genética molecular e mutações genéticas”, contou.
Ele também indica que o candidato estude os assuntos relacionados à citologia. “Não esquecendo de citologia, transporte de membranas, das principais organelas, com foco em mitocôndrias e cloroplastos, uma vez que são organelas que têm DNA próprio e com capacidade de autoduplicação”, finalizou.
Para a professora Thais Almeida, de história, sociologia e filosogia, é importante atentar para os assuntos considerados interdisciplinares. “O fera pode estudar, agora, sobre os aspectos do mundo do trabalho e as relações de trabalhistas da revolução industrial até hoje. A questão da globalização e como a mudança na estrutura produtiva, globalizada, pode interferir nas relações sociais e nas formas de ação política”, comentou.
Thaís também indica estudar os pensadores clássicos da sociologia, Durkheim, Weber e Marx, e os também clássicos da sociologia, Sócrates, Aristóteles e Platão. “Ainda em filosofia, o fera pode estudar a filosofia moderna, que abrange a questão do empirismo e do racionalismo, nas bases da ciência moderna”. Thaís também orienta que o fera responda muitas questões e tire todas as dúvidas com os professores
Dino Rangel, professor de geografia, acredita que o fera que ainda vai começar a estudar precisa entender que ele não vai conseguir estudar tudo, mas existem tópicos que podem garantir um resultado satisfatório. “O estudante não pode deixar de estudar mapas, gráficos e análise de texto, revisar e observar projeções e olhar as notícias. O recente acordo do Mercosul com a União Européia pode cair na prova, sobretudo no âmbito da agropecuária”.
Segundo o professor, estudar a matriz energética brasileira e conceitos de demografia pode ajudar o fera. “A questão da crise na Venezuela, que está provocando a crise migratória e demográfica na região norte do país pode ser abordada. A questão da expansão das fontes de energia renovável também têm grandes chances de ser abordada pelo Exame”, concluiu.
As provas do Enem deste ano serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro dia, os candidatos enfrentarão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no domingo seguinte, a prova terá questões de Ciências da Natureza e matemática.
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