Vale-refeição dura apenas 13 dias, aponta pesquisa
Trabalhador brasileiro precisa usar o salário para complementar a alimentação do mês, conforme informações divulgada pelo levantamento da Sodexo
Fazer uma refeição fora de casa se tornou mais um desafio do trabalhador brasileiro. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o saldo de crédito do vale-refeição do profissional brasileiro não acompanha o aumento do custo médio da refeição, que chega a R$ 40,64 no País.
A afirmação faz parte de um levantamento realizado pela Sodexo Benefícios e Incentivos através de sua base de clientes, que mostra que desde o início da pandemia do Covid-19, em 2020, a durabilidade deste benefício tem sido de apenas 13 dias. Já em 2019, o período de duração era em média, 19 dias.
"Se considerarmos que cada transação acontece em um dia útil, podemos dizer que hoje o trabalhador precisa desembolsar nove dias do salário para almoçar e assim fechar o mês até a próxima recarga do benefício uma vez que as empresas geralmente consideram 22 dias úteis na concessão do crédito", explica Willian Tadeu Gil, Diretor de Relações Institucionais e de Responsabilidade Corporativa da Sodexo Benefícios e Incentivos.
O diretor lembra que, no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior, as empresas de todos os portes aumentaram, em média, 7,42% o valor do crédito do cartão refeição, por compreenderem que oferta de benefícios é uma estratégia de negócios na atração e retenção de novos talentos.