Emprego: japonês é pago para não fazer nada com clientes

Shoji Morimoto tem como serviço acompanhar os clientes enquanto não faz mais nada

por Thaynara Andrade qui, 08/09/2022 - 13:22
Reprodução/Instagram Shoji Morimoto Reprodução/Instagram

Para muitas pessoas o japonês Shoji Morimoto, de 38 anos, tem o trabalho dos sonhos, já que sua única responsabilidade é acompanhar os seus clientes e não fazer absolutamente nada. O profissional oferece sua companhia para participar de eventos, jantar e muitas vezes proporcionar uma escuta atenciosa enquanto o cliente desabafa. 

De acordo com sua entrevista à agência de notícias Reuters, o custo do serviço gira em torno de R$ 364,70 e ele já atendeu mais de quatro mil pessoas. Morimoto diz que tem uma alta demanda, de forma que muitas vezes sua agenda está lotada com mais de três atendimentos por dia. Além disso, 1/4 dos seus clientes são fiéis, como uma mulher que já o contratou 270 vezes.

Morimoto diz que na maioria das vezes ele realmente não faz nada, enquanto em algumasoutras ele caminha ao lado da pessoa ou cozinha. Um das clientes dele, chamada Coosa, o contratou porque estava se sentindo para baixo devido ao trabalho e queria uma companhia enquanto andava pelas ruas de Tokyo vestida com uma fantasia de Pikachu.

Após gostar do atendimento, Coosa voltou a contratar Morimoto para que ela pudesse desabafar com ele sobre sua história de vida. De acordo com a Reuters, serviços como esses não são difíceis de encontrar no Japão, de forma que existem até mesmo agências que alugam pessoas para fingir serem amigos ou familiares dos clientes. 

Para Morimoto, que já possui mais de 200 mil seguidores no Twitter, o seu diferencial é que ele é um profissional livre, o que torna sua abordagem única. Além disso, ele diz que seus clientes encontram conforto na relação temporal que tem com ele, já que muitos não se sentem à vontade para pedir favores a amigos e familiares. 

Na entrevista, o profissional diz que seu trabalho tem potencial de mudar o julgamento da sociedade de que as pessoas precisam fazer algo produtivo para se sentirem valorizadas. 

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