Jaboatão estuda ampliar modelo de escolas cívico-militares
O prefeito Mano Medeiros garantiu a continuidade do modelo após a extinção do programa federal
Mesmo após o governo federal anunciar o fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros (PL), indicou que vai manter o modelo e estuda ampliá-lo. O município conta com duas escolas cívico-militares no Programa de Escolas Integrais.
A Escola Natividade Saldanha, em Cajueiro Seco, tem 415 alunos matriculados e a Escola Vereador Antônio Januário, em Prazeres, com 375. De acordo com a gestão, ambas acompanham as referências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“Até dezembro, nada muda para esses estudantes. E em breve vamos definir o formato que viabilizará a manutenção do modelo cívico-militar no município”, assegurou Mano.
O prefeito disse que enxerga benefícios com a presença de militares nas unidades de ensino.
"O apoio de 12 militares tem contribuído para a questão de disciplina, resultando em menor evasão, menos faltas e maior rendimento do aprendizado", alegou Medeiros, sem apresentar dados concretos sobre os ganhos com o modelo.
Também sem apresentar estatíticas, o prefeito afirmou que "tem recebido pedidos de famílias para que a atuação militar nas escolas aumente".
O Pecim foi extinto pelo governo federal por um "conflito normativo", como explicou o ministro da Educação, Camilo Santana. Os recursos da pasta estavam sendo destinados às Forças Armadas para a gerência das escolas, no entanto, os índices apurados pelo ministério não apresentaram resultado satisfatório e não houve o investimento integral dos valores enviado para o programa.
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