O Espetacular Homem-Aranha reconta a história do herói dos quadrinhos Divulgação

O Espetacular Homem-Aranha (The amazing Spider-Man), que estreia nesta sexta (6), convence e pode cativar desde os fãs dos quadrinhos - que tanto criticaram a trilogia dirigida por Sam Raimi com filmes lançados entre 2002 e 2007 - até aqueles que se tornaram fãs do personagem através da mesma trilogia.

Andrew Garfield (A rede social) interpreta um Peter Parker mais jovem, que se mostra cheio de atitude, diferente do Peter da trilogia de Raimi, em que se mostrou assim apenas no último filme, quando estava sob “influência” do uniforme negro. Em O Espetacular Homem-Aranha, Parker tem que lidar não apenas com o fato de se tornar um herói, mas de se tornar um homem, a partir do momento em que ele tem que arcar com as consequências de suas decisões.

Emma Stone (A mentira) aparece em uma ótima atuação de Gwen Stacy, a primeira namorada de Parker, seguindo de forma fiel a história contada nos quadrinhos. A loira é filha do Capitão Stacy, interpretado por Denis Leary (da série do canal Fox Rescue me), encarregado de tornar o “cabeça de teia” em um dos mais procurados da cidade.

A relação de Peter com seus tios Ben e May Parker é a mesma em qualquer versão de Homem-Aranha, de pai e mãe. A diferença neste longa está no motivo de Peter Parker viver com eles: abandonado pelos pais e não por conta da morte deles. Nesta versão cinematográfica dos quadrinhos não há as famosas e sábias palavras expressadas pelo seu tio Ben: “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”, mas é possível compreender a mesma mensagem através do roteiro, um pouco acelerado no início do filme (principalmente quando Peter começa a se descobrir como Homem-Aranha), mas que vai pegando ritmo.

Apesar de O Espetacular Homem-Aranha ser mais fiel aos quadrinhos elaborados por Stan Lee (que, como sempre, faz suas aparições no longa), algumas modificações foram feitas. As teias são projetadas por lançadores e não de forma orgânica como mostrado nos filmes de Raimi, e o uniforme também está um pouco diferente (provavelmente mais como uma forma de se diferenciar das produções anteriores). A nova visão cinematográfica do Homem-Aranha explora muito bem seus elementos gráficos e acerta no uso do 3D. O elenco também se sai bem e é outro acerto do filme.

Marc Webb, em seu segundo filme como diretor (sua estréia foi com o ótimo 500 dias com ela), traz um prato cheio para quem busca aventura, emoção e imagens de tirar o fôlego nesse início de férias.

Por Tito Cavalcanti