MAM Bahia apresenta exposição Jorge Amado
Mostra fica em cartaz até o dia 14 de setembro
“Jorge por Jorge”, afirmou o mediador cultural do Museu de Arte Moderna na Bahia (MAM-BA), Diego Leite, na abertura da exposição Jorge Amado e Universal. “A curadoria buscou elementos de localidades representadas nas obras de Jorge, coisas que ele gostava e coisas que ele mesmo produziu”, explica o mediador.
O Salão Principal do MAM-BA recebe os visitantes especialmente com ‘as coisas que ele gostava’. São quadros do artista plástico baiano Carybé, fotografias de baianas de acarajé, de uma criança que dorme na escadaria, de casas alagadas, do “lado B da Bahia”, como Diego disse. No Salão Principal, fazendo círculo horário, um ‘mar de azeite’ ocupa o lugar de uma reprodução do mar feita nessa exposição do MAM em São Paulo. “Tentamos usar os tons que o azeite de dendê ganha para mostrar ondulações”, conta Diego.
Ainda nesse salão milhares de fitas do Senhor do Bonfim tornaram-se fitas de Jorge Amado, assinadas com os nomes dos personagens de suas obras. Bacias foram adaptadas para que, individualmente, o visitante possa ouvir trechos de obras do autor, enquanto aparecem em um visor. Ao centro do Salão, fotografias de Jorge Amado para dentro e para fora do módulo. Dentro do cubo, o visitante imagem de Jorge Amado que acaricia um gato, fotografado por Zélia Gattai.
A visita passa pela Capela, onde estão vários Jorges Amados: político, erótico, malandro e mestiço é referenciado. O espaço de Arte e Educação, no auditório, completa a visita com a disponibilização de todas as obras do autor e uma linha cronológica das principais premiações recebidas ao longo de sua história. Segundo Diego, “o próprio público que terá contato com a exposição provocará algo de diferente nela. Aqui, tivemos contribuições e presença de pessoas que conheceram o autor de perto. A filha dele, inclusive, contribuiu com o processo de instalação e criação”. A abertura foi encerrada com uma apresentação de Jorge Veloso.
Período - A exposição teve a abertura na última quinta-feira (9) e fica na Bahia até o dia 14 de setembro. No decorrer desse prazo serão elaboradas 18 atividades de mediações. Dentre elas, serão produzidos ciclos de conversa, contando com a presença do curador Willian Nacked, oficinas e projetos de aproximação do entorno da região metropolitana com pescadores e estudantes.
*Por Diogo Oliveira