Feira de Frankfurt terá edição no País a partir de 2013

Agência Estadopor Eduardo Cavalcanti dom, 12/08/2012 - 10:20

São Paulo - Durante dois anos, a Frankfurter Buchmesse, empresa responsável pela organização da maior feira de livros do mundo - a de Frankfurt - e de conferências em diversos países, estudou o mercado brasileiro para ver se seria viável a realização de uma feira aqui. A ideia não era repetir o modelo alemão, já que o evento, lá, é exclusivamente voltado a profissionais do mercado editorial internacional e aborda todos os aspectos da indústria do livro. Tampouco queria fazer algo como as bienais, cujos objetivos são, basicamente, venda de livros e apresentação do mundo literário para crianças e jovens.

O objetivo era promover o debate entre profissionais da educação, do mercado editorial e de empresas de tecnologia. Foi criada, então, a Contec Brasil - Conferência Internacional de Tecnologia, Cultura e Alfabetização, realizada gratuitamente entre terça e quarta, no Auditório do Ibirapuera.

O projeto será ampliado em 2013 e o modelo estará mais próximo do idealizado pelos alemães. A Contec continua no programa, e será realizada paralelamente a uma sonhada feira, que, assim como as conferências, será focada no livro e na educação. São esperados expositores brasileiros e estrangeiros nas áreas educacional e editorial - sobretudo de livros infantis e juvenis, desenvolvedores de jogos, fornecedores na área de tecnologia, empresas especializadas em crossmedia e em licenciamento de produtos, entre outros. O anúncio da nova feira foi feito nesta quarta-feira, em São Paulo, por Jurgen Boos, presidente, e Marifé Boix García, vice-presidente da Feira de Frankfurt.

Os dois alertam que não se trata de fazer uma versão menor da tradicional feira alemã - a edição deste ano será entre os dias 10 e 14 de outubro. "Não se pode copiar ou fazer uma mini-Frankfurt por causa de seu tamanho e de sua abrangência", diz Boos. A feira ocupa uma área equivalente a 14 campos de futebol, recebe 280 mil profissionais de 129 países e chega a ter pavilhões inteiros dedicados a livros de artes, de gastronomia, de turismo, etc. É lá que as editoras vendem e compram os direitos dos livros que serão publicados internacionalmente nos meses seguintes.

De acordo com Marifé García, são esperados no evento brasileiro editores, professores, bibliotecários, livreiros, funcionários do governo e quem mais se interessar pela causa. Assim como em Frankfurt, haverá os chamados Hot Spots, espaço oferecido para que os expositores debatam assuntos relacionados a seus produtos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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