Uma década de Pré AMP

Festival de música independente chega a décima edição se consolida no calendário cultural do Recife

por Swã Medeiros sab, 16/02/2013 - 20:14

Com iniciativa da Articulação Musical Pernambucana (AMP), em parceira com a Prefeitura da Cidade do Recife, o Festival Pré AMP aportou sua décima edição nessa quarta-feira (13), na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. O evento, que já faz parte do calendário cultural da capital pernambucana, acontece durante a semana pré-carnavalesca com a proposta de promover a inclusão e renovação na cena musical de Pernambuco.  

Desde 2004, o Festival traz em sua programação toda a diversidade sociocultural do Estado, oferecendo também oportunidade para os artistas da periferia e do interior. Segundo o organizador Pablo Romero, o Pré AMP revela novos grupos e fomenta toda a cadeia produtiva do celeiro musical independente do Recife. 

Na edição deste ano, que teve como homenageado o Movimento Mangue Beat, a banda Tagore foi o grande vencedor entre os 100 grupos que se inscreveram. Além disso, a falta de organização fez com que a final do festival fosse adiada. “A Prefeitura do Recife é a única patrocinadora do evento e esse ano deixou a desejar. O som e a luz chegaram às 21h no local que estava marcado para iniciar às 19h”, disse Pablo. Já a Prefeitura do Recife afirmou que o problema foi resolvido e, como recompensa, as cinco bandas finalistas do Pré AMP, Tagore, A Cria, Cambembes, Projeto Armazém e Bandavoou entraram na programação do Carnaval do Recife. 

Para edição de 2014, tanto a organização do evento quanto a Prefeitura ainda não resolveram como será o Pré AMP. 

Tagore – A vencedora da décima edição do Festival Pré AMP disputou a final do evento com cinco bandas na quarta (13), na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. A banda ganhou como prêmio a gravação de um disco no estúdio Casona, além do show no Festival de Inverno de Garanhuns. 

O grupo iniciou os trabalhos musicais em 2010, quando o vocalista Tagore Suassuna e o multi-instrumentista, João Cavalcanti, ficaram 12 dias numa chácara em Aldeia registrando algumas canções que estavam elaborando juntos. Devido a isso, o primeiro disco, no formato, intitulado Aldeia surgiu com as fortes referências das emboladas psicodélicas do underground pernambucano dos anos 70 que os integrantes da banda possuem. 

No final de 2012, o grupo já estava com o novo álbum Movido a vapor pronto – porém, devido ao prêmio recebido do Pré AMP 2013 os planos mudaram. “A ideia agora é lançar dois discos com o mesmo nome. O primeiro, que já produzimos, e o outro com as mesmas músicas sendo ao vivo”, afirmou o vocalista Tagore Suassuna. A produção desse novo trabalho musical é assinada pelo cantor, violonista e ex-integrante do Cordel do Fogo Encantando, Clayton Barros. 

No repertório, a banda apresenta suas composições e interpretações de músicas de Tom Zé e Alceu Valença, como Todos os olhos e Morena Tropicana. Tagore pretende iniciar a turnê de Movido a vapor em março, fazendo todo o circuito dos Sesc’s de São Paulo e algumas cidades do Sudeste. 

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