APR encerra edição de 2013 ao som de muito rock and roll
De bandas lendárias a novos grupos, os artistas colocaram o melhor de seus repertórios para agradar o público fiel que veio de todas as partes do Nordeste
A 21ª edição do Abril Pro Rock finalizou sua segunda e última noite levando fãs de rock de todas as idades para o Chevrolet Hall na noite deste sábado (20). Ao contrário da primeira noite que ocorreu na sexta (19) e iniciou com atraso de uma hora devido a chuva que atingiu a Região Metropolitana do Recife, a noite do “rock pesado” começou pontual. De bandas lendárias a novos grupos, os artistas colocaram o melhor de seus repertórios para agradar o público fiel que veio de todas as partes do Nordeste.
A banda Vocífera, uma das grandes novidades da cena metal recifense, abriu a segunda noite do festival. Formada em 2011 por cinco mulheres, Angela Metal (vocal), Lidiane Pereira (guitarra), Erika Mota (guitarra), Marcella Tiné (bateria) e Amanda Salviano (baixo), o grupo feminino lançou o seu primeiro EP em 2012 e está com previsão de lançar ainda este ano o novo disco. “Muito bom poder tocar em um dos principais do país. Estamos honradas em participar do Abril Pro Rock, pois esse é o nosso quinto show da nossa carreira. Começamos recentemente com um EP só com duas músicas”, disse a baterista da banda Marcella Tiné.
Em seguida, o grupo Kriver (PE) subiu ao palco e realizou um dos sonhos da banda que era tocar no APR. “Um sonho realizado em estrear no Abril Pro Rock. Ficamos surpresos com o público, pois eles cantaram todas as canções. Isso só mostra que cada vez mais o nosso som está se expandindo”, ressaltou o vocalista do grupo Rafael Gorga. Além da banda ser iniciante no APR, o garçom paraibano Severino de Araújo também estava no APR pela primeira – só que como expectador. “Estou aqui no Abril Pro Rock pela primeira vez! Quero voltar mais vezes! Sou de João Pessoa e vim com uma caravana de lá”, afirmou Severino. João Pessoa, Aracaju, Maceió, Natal, são algumas das capitais brasileiras das diversas excursões que aportaram no festival nesta noite.
Revelação no cenário metal nordestino, a potiguar Kataphero foi à terceira atração a subir no palco. Classificado como Death Metal, o grupo apresentou no seu primeiro disco Life lançado em 2012. Os americanos Fang aterrissaram no festival logo após a Kataphero com seu punk rock. Apesar de não falar português, a banda arriscou algumas palavras, como “Oi”, “Olá” e “Obrigado”.
Com 18 anos após sua primeira apresentação, a DFC retornou ao APR com seu hardcore rápido, irreverente, com letras de protesto e crítica, como foi o caso da música que a banda cantou em homenagem a sua terra natal (Brasília) intitulada Cidade de Merda. Formada por Túlio (vocal), Miguel (guitarra), Leonardo (baixo) e Fabrício (bateria), o grupo cantou logo após o Fang e agradeceu a presença de todos os fãs presentes.
Por volta das 21h30, à banda pernambucana Devotos subiu ao palco cantando a canção Nós faremos que você nunca esqueça levando o público presente ao delírio. Durante o show, os fãs exaltaram “Tri, tricolor” devido ao vocalista Cannibal que é torcedor assíduo do time de futebol pernambucano Santa Cruz. No repertório, músicas como Alien, Rodinha Punk, Tem de Tudo, Devotos do Ódio e Punk Rock Hardcore Alto José do Pinho. A banda finalizou o show com a canção Punk Rock Hardcore e ainda deixou um recado para os fãs presentes: “Temos que valorizar o festival, gente. Um festival desse tem que ser patrocinado pelo governo”, disse Cannibal.
Após os Devotos, a sétima banda a Dead Kennedys (EUA) subiu ao palco e aglomerou todas as pessoas ao meio da casa de show. Os mais esperados Krisiun (RS) e Sodom (Alemanha) cantaram em seguida. “Estou na expectativa do show das bandas Kriver e Sodom. A Sodom é uma banda lendária do rock que acompanho desde o início. Sempre venho pro Abril Pro Rock porque produzido um festival na mesma linha em Caruaru”, afirmou o produtor do evento Visions Of The Rock Festival Levi Byrne.
O Abril Pro Rock 2013 terminou ao som do solo do músico e um dos maiores nomes do metal melódico nacional André Matos (SP) que se apresentou pela primeira vez no festival.