Corrida das Galinhas também é lugar de trio elétrico
Penúltima noite do festival foi de muito axé, arrocha e forró
Por Thamiris Barbosa
A penúltima noite da Corrida das Galinhas, neste sábado (10), começou tranquila, com crianças aproveitando os brinquedos na praça Alberto Paiva, além do trio elétrico a barca maluca – pintinho sapeca, que fez um giro na centro da cidade e animou todo mundo. Depois foi a vez dos adultos se divertirem. Vários grupos de amigos se reuniram na concentração da festa para brincar e esquentar a noite fria do Agreste do estado.
Antes do desfile de trios, os bonecos gigantes de Olinda também marcaram presença no evento e, junto com a banda, fizeram o famoso esquenta do público e desfilaram por todo o centro de São Bento do Una. Por volta das 21h já era possível ouvir os primeiros batuques, para alegria do povo. Os Barababás foram responsáveis por abrir oficialmente à noite e colocar todo mundo pra dançar ao som do arrocha e do pagode.
Logo depois, foi a vez do trio galo jegue tomar conta da praça, com a banda Asas da América. O chamado “arrasta povão” fez jus ao nome e colocou o público para pular ao som de forró e axé. Um destaque do trio são as dançarinas e atores que também fazem parte da apresentação e chamam a atenção com o jeito irreverente de dançar e de chamar as pessoas para a folia. As roupas também foram um destaque à parte, deixando o trio mais especial.
A atração seguinte chegou e desde a hora que saiu da concentração, arrastou a multidão. A banda baiana Araketu tocou grandes sucessos da carreira e animou desde os foliões que estavam no chão, até os que preferiram aproveitar o conforto dos camarotes espalhados pela cidade.
“É um prazer muito grande estar na Corrida das Galinhas. É um evento diferenciado e divertido. Eu sinto muito em não poder ficar para o último dia de festa, porque vou ter que viajar pra Salvador”, comentou Tatau, vocalista da banda, minutos antes de começar o show. Músicas românticas, agitadas e releituras de canções atuais fizeram parte do repertório da banda.
Seguindo as apresentações, a banda É O Tchan, que fez parte da infância e adolescência de muita gente e continua animando por onde passa, subiu no trio elétrico pipoca e cantou os principais clássicos do repertório. Compadre Washington chamou todos para pular junto com a banda. Encerrando a noite, foi a vez do forrozeiro pernambucano Geraldinho Lins, no bloco arrocha o pinto, esquentar mais ainda com um forrozinho “danado de bom”, para dançar a dois.
A noite continuava fria, mas a animação da banda fez o povo esquecer do pequeno detalhe. “Nem lembro da temperatura quando vou pro meio da multidão dançar”, exclamou Patrícia Silva, moradora de São Bento do Una.
A estimativa é de que a festa conte, a cada noite, com cerca de 30 mil pessoas. A prefeita Débora Almeida comentou o sucesso do evento e da importância para a movimentação da cidade. “É a principal festividade do município. É um evento que começamos a planejar desde o início do ano e que a cada edição se supera”, comemorou.