Mimo começa com percussão transcendental de Trilok Gurtu

Percussionista indiano alternou momentos de introspecção e explosão em apresentação na Igreja da Sé

por Felipe Mendes qui, 04/09/2014 - 22:23

A Igreja da Sé, no Sítio Histórico de Olinda, ficou lotada no início da noite dsta quinta (4), durante a abertura da série de shows do Mimo. No entorno, centenas de pessoas também foram atraídas pela presença de um telão e aparelhagem de som, além de cadeiras, para os que não conseguiram lugar no interior da igreja, poder acompanhar a apresentação.

Se do lado de fora era grande a dispersão e o barulho, dificultando quem gostaria de apreciar o som com mais atenção, no interior da catedral o silêncio era completo para se ouvir a música do percussionista indiano Trilok Gurtu. Acompanhado de um trio de baixo, piano e trumpete, Gurtu alternou momentos de instrospecção com outros de explosão musical, conseguindo interagir com o público a ponto de contagiá-lo a bater palmas marcando o ritmo.

Franklin Moura é músico  e veio conferir a apresentação. "Trilok Gurtu é um dos melhores do mundo", sentencia, enquanto elogia a sonoridade dos instrumentos e a capacidade técnica do percussionista. Após um solo de tabla, tradicional instrimento de percussão indiano, Gurtu brincou tocando células ritmicas de maracatu e baião. "Eu acho que a música é uma só assim como Deus é um só", explica o músico, ao mostrar as semelhanças de sonoridades geograficamente tão distantes.

Muito relaxado e comunitivo, Trilok se comunicou de forma bem humorada durante toda a apresentação e contagiou o público, que aplaudiu em pé ao final. Após o 'fim' do show, continuou tocando e interagndo com a plateia. Boa parte das pessoas foram saindo da Igreja da Sé, seguindo em direção à Praça do Carmo, onde se apresenta o pianista Chick Corea, principl atração desta edição do festival.

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