Morre o trompetista Clark Terry

Artista marcou seu nome na era de ouro do jazz no século XX

dom, 22/02/2015 - 13:30
Bert Mattsson O trompetista americano Clark Terry em ação, durante festival de jazz e blues em Estocolmo, em 15 de junho de 1980 Bert Mattsson

O trompetista de jazz Clark Terry, que em sete décadas de carreira como líder e componente de 'big bands', marcou seu nome na era de ouro do jazz no século XX, faleceu aos 94 anos, anunciou sua esposa neste domingo (22). "Nosso amado Clark Terry juntou-se à 'big band' do céu, onde ele ficará cantando e tocando com os anjos", escreveu sua esposa, Gwen, na página do músico no Facebook. "Ele nos deixou pacificamente, cercado de sua família, alunos e amigos", acrescentou.

Terry, que foi homenageado em 2010 com um Grammy honorário pelo conjunto de sua obra, ficou mais conhecido do público em geral como solista da banda do programa "The Tonight Show", da NBC, apresentado por Jimmy Fallon. Mas ele também tocou com vários dos grandes nomes do jazz e se desenvolveu em um período de efervescência musical.

Nascido em Saint Louis, no Missouri, em 1920, ele começou a tocar em clubes no começo dos anos 1940, e depois com bandas da Marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra, ele tocou nas orquestras de Count Basie e Duke Ellington, e fez integrou a banda que executou a trilha de Ellington para o filme "Anatomia de um crime", de Otto Preminger, em 1959.

Terry tocou com grandes nomes do jazz, como Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Dinah Washington, Stan Getz, Thelonious Monk, Billy Strayhorn, Louis Armstrong, Yusef Lateef, Dizzy Gillespie, entre outros. Ele foi um mentor para o líder de 'big bands', o compositor e arranjador Quincy Jones, e de outra lenda da música, o trompetista Miles Davis.

A partir dos anos 1970, Terry viajou em turnê com Oscar Peterson e sua própria banda, a Big B-A-D. Considerado um mestre do jazz pela National Endowment for the Arts, uma agência federal independente de financiamento cultural, ele viajou em turnê pelo Oriente Médio e pela África como embaixador cultural do Departamento de Estado americano. Em 2011, ele publicou sua autobiografia, intitulada, simplesmente, "Clark".

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