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Luta e luto, decepção e ânimo, força e dor. Há também outros tantos sentimentos intraduzíveis que fazem parte da rotina incansável da pernambucana Mirtes Renata Santana, de 36 anos. “São três anos de saudade, de dor e de frustração”. Do bairro do Barro, na periferia do Recife (PE), onde mora, ela inicia, às 6h30, diariamente a jornada. Da cabeça, a ideia de busca por justiça não cessa há exatos três anos.

Ex-trabalhadora doméstica, ela, atualmente, está atuando na Assembleia Legislativa de Pernambuco, em uma função de assessoria. O percurso envolve duas viagens de ônibus e uma de metrô. Depois do trabalho, segue para a faculdade, onde faz o curso de direito. Está no quinto semestre. Lá quer aprender como se faz justiça. Chega em casa tarde da noite. Nesta sexta-feira (2), porém, a rotina será diferente.

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“A concentração da manifestação será às 14h em frente ao local do crime. Levaremos faixas e cartazes com as fotos do meu filho”. O filho é Miguel Otávio, morto aos 5 anos de idade. Mirtes vai voltar às proximidades do prédio de luxo residencial de onde o menino caiu, o Píer Maurício de Nassau (conhecido como Torres Gêmeas), no Centro do Recife.

A partir de lá, o grupo fará uma caminhada de pouco mais de um quilômetro até o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). No local, farão ato para homenagear o garoto. Ela pede que as pessoas, se for possível, compareçam de branco e azul.

"Eu não enxergava racismo", diz mãe de Miguel        Foto: Arquivo pessoal

Crime na pandemia

Mirtes busca justiça depois da morte do filho, que ocorreu naquele 2 de junho de 2020. A então trabalhadora doméstica levou o garoto para o trabalho porque a creche estava fechada em função da pandemia.

Mesmo naquele momento em que o governo de Pernambuco havia definido que o trabalho doméstico não era essencial, Mirtes teve que ir ao serviço para não perder o emprego e a renda. Segundo o que foi testemunhado e apurado, a empregada foi incumbida de passear com o cachorro da então patroa dela, Sari Corte Real, enquanto a dona da casa fazia as unhas.

A empregadora, então, ficou com Miguel, mas o garoto pedia pela mãe. Sari, com a manicure em casa e sem paciência, colocou o garoto no elevador do prédio e apertou o botão do nono andar.  Sozinho, o menino chegou a uma área de maquinaria e caiu de uma altura de mais de 35 metros. Miguel chegou a ser socorrido, mas faleceu.

Justiça

Sari foi condenada, em primeira instância, a oito anos e seis meses de reclusão por abandono de incapaz, seguido de morte. No entanto, ela recorre da decisão em liberdade, o que decepciona a mãe Mirtes. “Sou frustrada com o Judiciário de Pernambuco”. O caso está agora na segunda instância aos cuidados do desembargador Cláudio Jean Nogueira

Em nota à Agência Brasil, a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco afirmou que um recurso tramita na 3ª Câmara Criminal do TJPE, mas em segredo de justiça. “O relatório do recurso será encaminhado em junho para o desembargador revisor. Após a revisão, será incluído em pauta para julgamento”, apontou. O TJPE não esclareceu para a reportagem o porquê de o processo estar em segredo de justiça.

O Judiciário também informou que outro processo corre na área cível em relação a pedido de indenização. “O processo tramitou normalmente e, encerrada a instrução, o feito se encontra com prazo para alegações finais das partes (...)  Após as alegações finais, o processo estará apto a julgamento e será incluído na lista de feitos em ordem cronológica de conclusão”.

A assistente da acusação, a advogada Maria Clara D´ávila, diz que não entende por que o processo penal corre em segredo de justiça. “Nós fizemos uma apelação pedindo que fossem consideradas outras circunstâncias do crime e também em relação à sentença. Pedimos a retirada de alguns trechos. A decisão, apesar de ter condenado a ré, trouxe argumentos considerados racistas”. A sentença do juiz José Renato Bizerra incluía a possibilidade de investigar a mãe e a avó do menino por possíveis maus tratos.

O crime e o desfecho trágico fizeram com que o Legislativo local aprovasse a Lei Miguel, que proíbe que crianças até 12 anos de idade utilizem elevador desacompanhadas de adultos.

Resumo de Brasil

Diante de tantos absurdos, Mirtes entendeu que todos os acontecimentos que cercam a história de sua família têm relação com racismo.

“Eu não enxergava o racismo. Depois que eu passei por um período de formação política, comecei a trabalhar em duas organizações parceiras. Eu vi realmente que houve racismo no caso do meu filho. Infelizmente, o judiciário não enxerga que houve racismo, inclusive para me acusar”, lamenta Mirtes.  

Para o professor Hugo Monteiro Ferreira, diretor do Instituto Menino Miguel, entidade ligada aos direitos humanos na Universidade Federal Rural de Pernambuco, o crime explicita a cultura racista e elitista no País. “Se você quer resumir o Brasil, leia atentamente o caso Miguel. É o Brasil explicitado. É um País de maioria negra que foi constantemente retaliada pela lógica da branquitude e segregadora”, afirma o pesquisador.

Ferreira entende que um dos principais enfrentamentos que o instituto realiza é em relação à violência contra a criança e contra o adolescente, já que são situações que levam a uma convulsão social. “O Instituto Menino Miguel atua, por exemplo, na formação de conselheiros e conselheiras tutelares na tentativa da formação de melhora da atuação do sistema de garantia de direitos”. Ele afirma que a legislação evoluiu ao combater o racismo, mas essa é apenas uma das dimensões.

“A gente tem uma violência cometida até pelo próprio Estado contra a juventude negra. E tem muitas crianças negras mortas que estão associadas à etnia, à raça e à situação social. Não tenho dúvidas de que, se fosse o contrário (uma criança branca tivesse morrido), a Mirtes estaria presa e não respondendo em liberdade”, aponta.

A educadora Mônica Oliveira, da rede de mulheres negras de Pernambuco, também considera o caso do menino Miguel emblemático porque destaca como o racismo marca a vida de todas as pessoas negras desde antes do seu nascimento no Brasil. “Todas essas desigualdades são comprovadas em pesquisa. O Brasil é um país onde há pouca responsabilização pelo racismo. Do ponto de vista do imaginário da sociedade, o Brasil é um país que teria racismo, mas não racistas”.

Para a ativista, é necessário haver esforço grande para dar destaque a essa e todas as violências racistas. “Racismo é um sistema de opressão. A legislação por si só não resolve. Isso é um lado da questão. Temos um sistema judiciário que evita condenar pessoas por esse crime porque é inafiançável e imprescritível”.

O dedo do botão é o mesmo da chibata

O historiador Humberto Miranda, também pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco, observa que o caso do menino Miguel tem a ver com a relação entre “Casa Grande e Senzala”. “Eu costumo dizer que a mão que apertou o botão do elevador é aquela mesma mão da chibata. Que entendia a criança como um futuro empregado doméstico, como um futuro trabalhador braçal”.

Ele avalia que há na história um exemplo da objetificação dessa criança negra, pobre e periférica que “estava incomodando” a mulher em um momento que fazia as unhas. “A história dele revela esse ‘adultocentrismo’ branco e que nega a infância da criança negra. A gente assistiu a vários episódios onde a criança é colocada como aquele objeto dos interesses de adultos”

Luta

Quando chega a noite, Mirtes só pensa em estudar. Pensa no filho e no futuro que queria para ele. Lembra que antes dizia que queria fazer o curso de administração. O crime que o filho foi vítima fez com que ela mudasse de ideia.

À noite, Mirtes pensa no filho e no futuro que queria para ele  Foto: Arquivo pessoal

“Eu resolvi fazer faculdade de direito justamente para ajudar outras mães a não passar pelo que eu venho passando hoje. Eu vou seguir a carreira de advogada e, mais na frente, vou para a promotoria”.

Ela está no quinto semestre do curso e adora o que está aprendendo, e também a força que tem recebido dos colegas e dos professores. 

“Eu me deparei com situações, com vários casos e vi que não é só o caso do Miguel. Eu falo também de crianças negras que foram mortas por conta do racismo e crianças vivas passando por isso. Assim, eu me fortaleço”. 

Aos finais de semana, diz que estuda sem parar. Olha as fotos do filho, cuida da casa e dos sonhos para abastecer a certeza da jornada do hoje e do amanhã. “Eu vou lutar”.

José Bernardo Pessoa, o Mestre Zé Duda, morreu nesta quarta-feira (31). A informação da morte foi confirmada pelo Hospital Regional Ermírio Coutinho, de Nazaré da Mata. Conhecido como o 'peito de aço da poesia e da cultura popular', Duda tinha 84 anos.

De acordo com José Lourenço, presidente do Maracatu Estrela de Ouro, da cidade de Aliança, o artista fará muita falta. "A morte de Zé Duda deixará uma lacuna profunda em nossas memórias. Ele foi um artista irretocável. Sua vida foi pautada pelo amor e arte de viver o maracatu", declarou.

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Nascido em Buenos Aires, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Mestre Zé Duda movimentou com louvor o cenário da cultura nordestina. O primeiro trabalho dele como mestre de maracatu foi no Leão do Engenho Vasconcelos, agremiação de Buenos Aires. Ao longo de 65 anos carreira, o pernambucano encantou muita gente com sua poesia de improviso.

O trabalho do Mestre Zé Duda ultrapassou as fronteiras do Estado, chegando aos ouvidos do músico carioca Jorge Mautner. Em 2012, eles se juntaram no projeto Maracatu Atômico Kaosnavial.

"Mestre Zé Duda foi um amigo e um artista, que sempre admirei. Percorremos cada lugar desse país, fazendo música. E, disso, sem dúvidas é o que mais sentirei saudades. Apesar de sua morte física, ele permanecerá vivo em nossas memórias, pela sua obra e talento, que agora tornaram-se legada", disse Mautner.

O velório do Mestre Zé Duda está marcado para esta quinta-feira, 1º de junho, na cidade de Goiana. Casado com a Mestra de Maracatu Gil, do Maracatu Feminino Coração Naz, ele deixa três filhos, onze netos, doze bisnetos e um tataraneto.

Os próximos capítulos de Terra e Paixão serão recheados de drama e injustiça. Na última segunda-feira (29), a novela mostrou a chegada tensa de Isabel (Yasmin Gomlevsky). Amiga de Aline (Barbara Reis), a jornalista chegou em Nova Primavera com o intuito de colocar Antônio La Selva (Tony Ramos) contra a parede.

A repórter chegou a oferecer um valor para acabar com uma carta em que contém acusações de Aline contra o empresário, por conta da morte de Samuel. Depois que a oferta é revelada, Antônio vai armar para cima da moça. Isabel não vai ficar com a carta e tampouco receber o dinheiro, já que ela vai ser morta por ordem do vilão. Com isso, Aline vai ser acusada de ter assassinado a amiga.

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Na delegacia, a viúva de Samuel negará tudo. "Ela pode ter vindo negociar a carta, conseguir um dinheiro com o que ela sabia", dirá a fazendeira. Tentando explicar a situação para o delegado Marino (Leandro Lima), a dona das terras vermelhas vai embarcar em uma tremenda polêmica.

O irmão de Isabel não vai curtir saber que a jornalista está sendo vista como ambiciosa. Invadindo a sala do depoimento, o rapaz irá dizer: "Não admito. Tá acusando minha irmã. Isabel não era uma chantagista como está fazendo parecer. Foi a Aline quem matou a Isabel. Foi você que matou a minha irmã". As emoções escritas por Walcyr Carrasco prometem agitar a trama ao longo da semana.

O juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, designou audiência especial para o dia 26 de junho, às 12h, para organização e preparação do júri para o julgamento de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O crime foi praticado em 2018. 

A decisão do juiz Kalil considera “a complexidade do feito, o grande interesse social e as inúmeras diligências administrativas” para instalar a sessão plenária. Participam da audiência representante do Ministério Público, assistências à acusação e defesas técnicas.

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O magistrado não acolheu pedido da defesa dos réus de suspensão do júri até o julgamento final de mandado de segurança pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e manteve as prisões preventivas dos acusados. Durante a audiência de 26 de junho, deverá ser definida a data de julgamento. O juiz destacou também que o referido inquérito tem caráter sigiloso e objetiva elucidar a plenitude da autoria dos crimes. 

No dia 14 de março de 2018, um atentado vitimou a vereadora pelo Rio de Janeiro e ativista pelos direitos humanos Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes.

O carro em que Marielle estava - e que era conduzido por Anderson - foi alvejado por 13 tiros no centro do Rio. Passados cinco anos, ainda não se sabe quem é o mandante do crime. 

As investigações levaram à prisão de dois executores: o policial militar reformado Ronnie Lessa, por ter atirado na vereadora; e o motorista e ex-policial militar Elcio de Queiroz. Os motivos e os líderes do atentado permanecem desconhecidos.

O Globoplay liberou, no início da noite desta quarta-feira (24), os três capítulos de Todas as Flores. Prestes a acabar, a trama escrita por João Emanuel Carneiro está com tudo pronto para mostrar o destino dos principais personagens. Se depender dos vilões da trama, o desfecho deles não será tão feliz. Afinal, Zoé vai matar o comparsa Humberto (Fabio Assunção)?

Após ser abandonada pelo parceiro, a personagem de Regina Casé não vai aliviar para cima do empresário. O pai de Rafael (Humberto Carrão) vai entrar em confronto com a sequestradora de crianças, o que acarretará em sua morte. Zoé não vai medir esforços ao matar o ex-amante na casa em que alugou para morar com Galo (Jackson Antunes).

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Mesmo com a troca de tiros, vitimando Humberto, Zoé não conseguirá segurar as lágrimas. Na leva de capítulos anteriores, a rixa dos dois deu o que falar por conta do dinheiro desviado da Rhodes. A mãe de Vanessa (Letícia Colin) conseguiu pegar os R$ 40 milhões de Humberto em meio ao sequestro de Judite (Mariana Nunes).

De acordo com a Globo, o penúltimo capítulo de Todas as Flores será incluído no catálogo da plataforma na próxima semana, dia 30, a partir das 20h. Os assinantes do serviço de streaming irão acompanhar tudo por meio de uma live. Já no dia 2 de junho, também através de uma live, o público vai se despedir do folhetim. A exibição da grande final está marcada para às 2h30.

Fãs de Tina Turner foram surpreendidos com a notícia da morte da cantora. A informação do falecimento da artista de 83 anos foi confirmada pelo assessor dela. "Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas do amanhã", disse o comunicado.

A estrela da música internacional ganhou os holofotes na década de 1950, eternizando ao longo da carreira sucessos que marcaram gerações. No currículo, Tina coleciona clássicos como What's Love Got To Do With It?, Let's Stay Together, I Don't Wanna Lose You, The Best, Proud Mary, Let's Stay Together e Private Dancer. Além do universo musical, a rainha do rock também invadiu as telonas como atriz.

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Tina Turner encantou espectadores mundo afora no filme Tommy, em 1975. Nos anos 1980, a cantora arrebatou a atenção dos apaixonados por cinema no longa-metragem Mad Max – Além da Cúpula do Trovão; ela também foi responsável pela canção-tema. Tina morreu em sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça.

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Uma mulher morreu após comer bombons que ganhou de uma pessoa anônima no sábado (20), dia em que estava completando 54 anos. Conforme a Polícia Civil do Rio de Janeiro, diligências estão sendo realizadas na 20ª DP (Vila Isabel) para apurar as circunstâncias da morte.

A vítima chegou a ser socorrida por policiais militares e levada para um hospital da região, mas não resistiu. Os chocolates, que foram enviados junto com um buquê, sem o nome do remetente, foram apreendidos. O objetivo é analisar se estavam envenenados e o resultado deve sair em até 30 dias.

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Clare Nowland, a mulher de 95 anos com demência que foi eletrocutada pela polícia em uma casa de repouso na Austrália, morreu nesta quarta-feira (24) após uma semana hospitalizada. A informação foi confirmada pela polícia do Estado de New South Wales.

"A senhora Nowland faleceu pacificamente no hospital pouco depois das 19h desta noite, cercada por familiares e entes queridos que pediram privacidade durante este momento triste e difícil", escreveu a polícia em comunicado divulgado.

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A mulher estava recebendo cuidados paliativos depois que policiais usaram uma arma de choque duas vezes contra ela. A polícia foi acionada na casa de repouso Yallambee Lodge, na cidade de Cooma, após a equipe da casa relatar que Clare havia pegado uma faca serrilhada da cozinha. Ela se aproximou lentamente da polícia, usando um andador, e foi atingida com a arma. A idosa foi levada ao hospital em estado crítico, com ferimentos graves na cabeça. Clare ainda fraturou o crânio durante a queda.

"Nossos pensamentos e condolências permanecem com aqueles que tiveram a sorte de conhecer, amar e ser amado pela Sra. Nowland durante uma vida que ela levou marcada pela família, bondade e comunidade", disse a polícia ao divulgar o falecimento da idosa. Segundo eles, a morte ocorreu às 19h (no horário local da Austrália), nesta quarta-feira.

Kristian White, o policial que atirou nela com a arma de choque, enfrentará acusações pelo caso, informou a Associated Press. White foi condenado a comparecer ao tribunal em 5 de julho sob a acusação de causar lesões corporais graves, agressão ocasionando lesões corporais reais e agressão comum, disse um comunicado da polícia. Com a notícia do falecimento, as acusações ainda devem ser atualizadas. O oficial também está sob investigação interna da polícia desde o incidente e foi suspenso do serviço.

A violência contra a mulher despertou um debate na Austrália sobre o uso de armas de choque pela polícia em tais circunstâncias, uma vez que os policiais estão autorizados a usar armas de choque quando vidas estão em perigo. (Com agências internacionais).

A Polícia de São Francisco, nos Estados Unidos, liberou os corpos do casal de brasileiros José Claudionor da Cruz, de 29 anos, e Andressa Pereira Cares, de 26, encontrados mortos no dia 8 de maio, no apartamento que alugaram, na cidade do Estado da Califórnia. Os corpos devem chegar ao Brasil na próxima semana e serão sepultados em Brasília. As causas das mortes ainda são desconhecidas. O caso está sob investigação da polícia norte-americana.

De acordo com o advogado da família, Alair Ferraz da Silva Filho, a previsão é de que o laudo, capaz de determinar o que causou a morte do casal, só fique pronto em 90 dias, contados a partir da liberação dos corpos.

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"O sistema nos Estados Unidos é diferente do nosso. O xerife, que é a autoridade policial do condado, pede o laudo e aguarda o trabalho dos peritos, que é minucioso, mas não têm a mesma rapidez que aqui. Infelizmente, vamos ter de aguardar para saber o que aconteceu."

Segundo ele, os familiares já prepararam o local de sepultamento e custearam o traslado dos corpos, por via aérea. No caso da jovem, uma vaquinha virtual contribuiu para custear as despesas, de US$ 20 mil (cerca de R$ 100 mil).

"A família está cuidando agora da burocracia que envolve o embarque e desembarque dos corpos, que devem ocorrer na próxima semana", disse o advogado. O Consulado-Geral do Brasil em São Francisco tem apoiado os familiares nos contatos com as autoridades locais.

Dono de um bar e restaurante no Setor Sul do Lago Paranoá, em Brasília, José Claudionor viajou para os Estados Unidos com a namorada Andressa em janeiro deste ano. Eles alugaram um apartamento em São Francisco. O casal estava junto havia dez anos e tinha planos de voltar para o Brasil em junho próximo. Eles falavam diariamente com os familiares, no Distrito Federal, mas deixaram repentinamente de dar notícias.

Os corpos foram encontrados no dia 8 de maio, no quarto do apartamento. Não havia sinais de violência aparente e o imóvel estava trancado, sem sinal de arrombamento. Para o acesso ao interior, foi usada a chave reserva que estava em poder da proprietária do imóvel. A hipótese inicial, de morte por inalação de gás, foi prontamente descartada, já que não havia esse tipo de instalação no apartamento.

Na ocasião, o Departamento de Polícia de São Francisco informou que os agentes encontraram os corpos no apartamento por volta das 7 horas da manhã do dia 8, uma segunda-feira. Uma equipe médica esteve no local e constatou a morte. Os corpos foram levados para o instituto de medicina legal da cidade. Segundo nota da polícia, não foram encontrados, no momento da investigação preliminar, sinais ou evidências de crime.

Conforme relato de familiares, José Claudionor e Andressa se conheceram no ensino médio e logo a amizade se transformou em amor. A jovem, natural de Goiânia (GO), já havia feito muitas viagens pelo Brasil e queria conhecer o exterior. Ela pretendia aperfeiçoar o inglês nos Estados Unidos. Claudionor decidiu acompanhá-la. Segundo as famílias, eles já preparavam a volta para casa quando aconteceu a fatalidade.

O zagueiro Kadu Fernandes, revelado pelo Vasco e que atualmente estava defendendo o Macaé na Série A2 do Campeonato Carioca, morreu na madrugada desta segunda-feira, vítima de um acidente de trânsito no Rio. O carro do atleta de 28 anos capotou na pista central da avenida Brasil, no sentido zona Oeste.

Outras duas pessoas que estavam com o jogador no momento do acidente ficaram feridas e foram encaminhadas para o hospital Souza Aguiar. Quando o Corpo de bombeiros chegou ao local, o atleta já estava sem vida.

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Carlos Eduardo de Oliveira Fernandes, o Kadu, fez toda a sua base na equipe vascaína e integrou o elenco profissional que conquistou o Campeonato Carioca de 2016. Dois anos depois, o jogador encerrou a sua passagem pelo clube de São Januário.

O Vasco manifestou sua solidariedade por meio de uma postagem onde fez uma homenagem ao defensor. "O Vasco da Gama recebe com profunda tristeza a notícia do trágico acidente que resultou na morte do zagueiro Kadu Fernandes, de 29 anos, cria de São Januário. Desejamos muita força aos familiares e amigos. Nossos sentimentos. Descanse em paz", diz o texto.

Recém-chegado ao Macaé, Kadu fez a sua estreia no time no duelo com o Petrópolis/Gonçalense na semana passada. Seu último jogo foi diante do Americano, neste sábado. O time cancelou o treino marcado para esta segunda-feira e também se manifestou pelas redes sociais sobre a morte do zagueiro.

"É com enorme pesar que comunicamos o falecimento do nosso zagueiro Kadu Fernandes. Hoje pela manhã recebemos a notícia que o nosso atleta faleceu após um acidente automobilístico na cidade do Rio de Janeiro", relata o clube parte do texto. Além de lamentar a perda do atleta de maneira trágica, o Macaé citou ainda a sintonia que o jogador teve com os companheiros desde a sua chegada.

"Kadu por onde passou apresentou um grande futebol e uma personalidade que sempre cativou o ambiente. Aos familiares e amigos, nosso enorme sentimento por esta perda inestimável. Ao Carlos Eduardo, muito obrigado por sempre honrar a nossa camisa. Pra sempre em nossos corações."

Um torcedor do Santa Cruz morreu após ser espancado por integrantes de uma torcida organizada, no bairro de Salgadinho, em Olinda, no último domingo (21). Lucas Gabriel, de 21 anos, estava a caminho do Estádio do Arruda para acompanhar a partida entre o time coral contra o Campinense pela terceira rodada da série D.

Na ocasião, antes do jogo, o ônibus onde estavam Lucas e outros torcedores da equipe tricolor foi abordado pela organizada. Houve confronto, o jovem foi espancado e, em seguida, socorrido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Tabajara, também na Cidade Alta. No entanto, acabou falecendo.

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Lucas Gabriel, de 21 anos, estava a caminho do Arruda quando foi espancado por integrantes de uma organizada. Foto: Reprodução/Twitter

Antes da partida entre o Santa Cruz e Campinense, vários episódios de violência entre torcidas foram registrados no domingo (21). Os momentos foram compartilhados nas redes sociais. 

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Uma mulher morreu ao tentar socorrer um bebê que estava convulsionando em uma rodovia de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Enquanto realizava o socorro, a condutora se envolveu em um acidente de carro que fez o veículo capotar. O caso aconteceu nesse domingo (21), na Estrada de Água Branca. A vítima, identificada como Adriana Lourenço, de 41 anos, morreu a caminho do hospital. 

De acordo com a Globo Rio, Lourenço cruzava a estrada no momento em que viu uma mãe com um bebê de colo, pedindo socorro pela criança, que estaria em convulsão, por volta da 11h. Em seguida, a mulher levou a família em direção ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. No caminho, o carro em que ela estava com a mãe e a bebê colidiu com outro carro que tinha cinco pessoas. 

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Adriana Lourenço morreu no momento da colisão. A mãe e a filha bebê, identificadas apenas como Taynara e Eloa, foram levadas para o hospital. O estado de saúde de ambas é estável. Três pessoas que estavam no outro carro envolvido no acidente também ficaram feridas. A Estrada da Água Branca foi interditada para a realização de uma perícia policial. 

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Marcelo Xavier por dolo eventual nos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, mortos em junho de 2022 em uma emboscada na região amazônica. O ex-vice-presidente da então Fundação Nacional do Índio Alcir Amaral Teixeira também foi indiciado.

Em nota, a Polícia Federal diz que Xavier e Teixeira tomaram conhecimento, em reunião da Funai no dia 9 de outubro de 2019, do “risco de vida dos servidores do órgão e não adotaram as providências necessárias para a proteção dos funcionários”. Bruno era funcionário da Funai e estava licenciado.

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De acordo com a PF, por não tomarem providências, Marcelo Xavier e Alcir Teixeira “teriam assumido o risco do resultado de suas omissões, que culminou no duplo homicídio”.

Marcelo Xavier foi exonerado do comando da Funai em dezembro de 2022. Ele assumiu o cargo em julho de 2019.   

Caso Bruno e Dom

Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos nas proximidades da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Eles articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo.

Na Terra Indígena Vale do Javari, encontram-se 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas.  As autoridades policiais colocaram sob suspeita pelo menos oito pessoas, por possível participação nos homicídios e na ocultação dos cadáveres.

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu nesta semana anular depoimento de três acusados pelos assassinatos. Pela decisão, devem ser anulados e colhidos novamente os depoimentos dos réus Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima.

Em depoimentos da semana passada, os réus voltaram atrás na confissão que haviam feito à polícia e passaram a sustentar uma versão segundo a qual agiram em legítima defesa. Foi a primeira vez que os três se manifestaram perante o juiz.

No final de outubro de 2022, o suposto mandante do assassinato, Rubens Villar Pereira, foi posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil.

A Agência Brasil tenta contato com os ex-dirigentes da Funai, indiciados pela Polícia Federal.

"Ele estava pedindo ajuda aos gritos". Quase três semanas depois da morte por asfixia de Jordan Neely, causada por um passageiro no metrô de Nova York, familiares e amigos se despediram dele em um funeral carregado de emoção no Harlem, que virou um clamor por justiça.

O pai, os avós maternos, tias e tios, foram os últimos a se despedir de Neely, um homem negro de 30 anos que ganhava a vida imitando Michael Jackson nas ruas da metrópole, na igreja batista Mount Neboh, no Harlem.

Neely morreu asfixiado pelo ex-fuzileiro naval Daniel Penny, de 24 anos, que o imobilizou com uma chave de pescoço, pouco depois que o imitador havia entrado no metrô gritando que estava sentindo fome e sede, no dia 1º de maio.

A morte de Neely colocou em evidência os problemas de saúde mental de muitas pessoas sem-teto, além do medo e da insegurança, particularmente no metrô, e a desigualdade socioeconômica nesta metrópole de 8,5 milhões de habitantes. E também o viés racial dos órgãos de justiça.

Em sua homilia, o reverendo Al Sharpton - fundador da organização National Action Network, que defende os direitos civis e uma justiça igualitária para todos, e arcou com as despesas do funeral e do enterro de Neely - não poupou críticas à política social de Nova York, o templo do capitalismo.

"A parte triste, a parte mórbida, é que Jordan esteve asfixiado durante a maior parte de sua vida", disse Sharpton.

"Jordan estava pedindo ajuda aos gritos", ressaltou, antes de recordar que "as pessoas com problemas mentais [...] são criminalizadas. Elas precisam de ajuda, e não de abusos", acrescentou o reverendo, em meios aos aplausos do público que lotou a igreja.

"Sem justiça, não existe paz", entoavam os presentes, entre os quais estava a congressista democrata de esquerda por Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez. Ela foi uma das primeiras vozes a pedir a responsabilização de Daniel Penny, que, depois de ser interrogado pela morte de Neely, foi inicialmente liberado sem acusações.

Diante do clamor de muitas organizações de defesa dos direitos humanos e movimentos políticos de esquerda, a Justiça nova-iorquina indiciou Penny por homicídio culposo em segundo grau no dia 12 de maio. O ex-militar responderá em liberdade após pagar uma fiança de 100.000 dólares (cerca de R$ 500.000).

Uma campanha lançada para arrecadar recursos para sua defesa somava cerca de US$ 2,6 milhões (quase R$ 13 milhões) nesta sexta-feira.

Na homilia, Sharpton também arremeteu contra o governador conservador da Flórida, Ron DeSantis, apontado como um dos pré-candidatos do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024 e que havia classificado Penny de "bom samaritano".

"O bom samaritano ajuda a quem tem problemas, não os asfixia", declarou o religioso.

Neely, que perdeu a mãe quando tinha 13 anos, assassinada brutalmente, tinha um histórico de problemas mentais e diversas passagens pela polícia, a maioria delas por delitos menores.

Aos 18 anos, e após anos de prática, passou a imitar as danças de Michael Jackson como forma de ganhar a vida.

"Ele atuava diante de milhares de pessoas nas ruas de Nova York e no metrô, onde era bem conhecido e amado", diz o panfleto distribuído aos presentes com o programa do funeral e fotografias de diferentes fases de sua vida.

Faleceu o ex-jogador Eduardo Erê, de 35 anos. O volante havia encerrado a carreira de futebolista no Afogados da Ingazeira, em 2020. Cria da base do Náutico, Erê só disputou 14 jogos pelo elenco principal do alvirrubro

Eduardo Erê iniciou a sua carreira profissional no Timbu em 2008. Dois anos depois, foi emprestado para a Chapecoense. O meia vestiu a camisa de diversos clubes, como Belo Jardim, Guarani, Central, Guarani de Juazeiro e Decisão. Em 2019, chegou a assinar com o norte-americano The Villages.

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Em 2020, Erê participou da histórica campanha do Afogados na Copa do Brasil, em que a Coruja eliminou o Atlético-MG na 2ª fase da competição. O volante também esteve presente no elenco do Central que chegou até a final do Campeonato Pernambucano 2018, perdendo o título para o Náutico.

Através de uma nota divulgada nas redes sociais, o Náutico prestou solidariedade. “É com muita dor e profunda tristeza que o Clube Náutico Capibaribe recebe a notícia do falecimento do ex-atleta Eduardo Erê. O ex-volante foi cria das nossas categorias de base e sempre defendeu nossas cores com muito afinco e dedicação”, publicou o clube alvirrubro.

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O irmão do cantor Tony Salles foi morto durante uma ação policial em Salvador, nessa quinta-feira (18). De acordo com a imprensa local, Antônio Carlos de Oliveira Santos foi apontado como gerente do tráfico no Rio Sena, bairro da capital baiana. A assessoria do músico informou que Antônio e Tony não foram criados juntos.

"Eles não foram criados juntos e não criaram laços afetivos. Ou seja, sem vínculos", esclareceu a equipe do vocalista do grupo Parangolé. Conhecido como Coquinho, Antônio Santos foi alvo da Operação Licuri, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele também era responsável pela gestão das armas usadas em ataques contra grupos rivais.

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Além do irmão de Tony Salles, outras duas pessoas foram mortas no confronto. Em meio à operação, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão. Em nota, a diretora do DHPP afirmou: "Durante a apuração, descobrimos que o grupo estaria comprando armamentos na fronteira do Brasil com o Paraguai".

"Os alvos alcançados são de altíssima periculosidade e ajudarão o DHPP a desencadear novas investigações sobre o grupo", explicou a delegada Andréa Ribeiro, segundo o site BNews.

O baixista do grupo The Smiths, Andy Rourke, faleceu aos 59 anos, vítima de câncer de pâncreas, anunciou nesta sexta-feira (19) Johnny Marr, guitarrista da grande banda britânica de rock independente dos anos 1980.

"Com profunda tristeza anunciamos o falecimento de Andy Rourke após uma longa doença com câncer de pâncreas", escreveu Marr no Twitter.

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"Andy será lembrado como uma alma gentil e bela por aqueles que o conheceram e como um músico extremamente talentoso pelos fãs", acrescentou no Instagram, ao lado de uma foto dos dois quando eram jovens.

Nascido em 17 de janeiro de 1964, Rourke era o terceiro de quatro irmãos, todos homens. Os pais o presentearam com um violão quando ele tinha 7 anos e pouco depois ele também começou a tocar o baixo.

Ao lado do amigo de infância Marr, que conheceu na escola, ele formou a banda Freak Party.

Rourke não foi o primeiro baixista do The Smiths, mas entrou para o grupo ainda no ano de formação, 1982.

O grupo de Manchester (norte da Inglaterra) se tornou um dos mais influentes da década de 1980, com álbuns como "Meat is Murder" (1985) e "The Queen is Dead" (1986).

A banda se separou em 1987. Rourke tocou ainda com artistas como Sinead O'Connor, The Pretenders, Aziz Ibrahim e Dolores O'Riordan, vocalista dos Cranberries, falecida em 2018.

"Ele foi não apenas o baixista mais talentoso com quem já tive o privilégio de tocar, mas também o cara mais doce e engraçado que já conheci", afirmou Mike Joyce, ex-bateristas do The Smiths.

Mat Osman, baixista do Suede, prestou homenagem a um "baixista raro, cujo som você poderia reconhecer imediatamente".

Após a separação dos Smiths, Rourke, envolvido em uma batalha contra o vício em heroína, se uniu ao baterista Joyce para processar os dois ex-colegas de banda, Marr e o vocalista e compositor Morrissey, por uma parcela maior dos direitos autorais.

Um acordo foi alcançado e a amizade de infância entre o baixista e o guitarrista sobreviveu ao processo.

Morrissey, no entanto, passou a adotar um discurso cada vez mais reacionário. Em 2019 ele apareceu em um programa de televisão americano com um símbolo de um partido britânico de extrema-direita.

O cantor foi muito virulento a respeito dos ex-colegas de banda por vários anos, antes de adotar um tom mais conciliador em sua autobiografia publicada em 2013.

Um morador de rua de 58 anos foi encontrado sem vida embaixo da Passarela Vanzolini com a Alameda Santos, no bairro Jardins (zona oeste), em São Paulo, na manhã do último domingo, 14. O homem foi identificado como Odair Mesquita dos Santos.

Representantes de movimentos em defesa da população de rua atribuem a morte de Odair ao frio que atingiu a capital durante a noite.

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Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) lamentou a morte de Odair. Segundo a pasta, as equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) realizaram 13 atendimentos sociais à vítima, somente em 2023, ofertando encaminhamentos para os serviços da rede socioassistencial da prefeitura, porém, não houve aceite de acolhimento.

A SMADS afirma ainda que das 20h de sábado, 13, até as 7h de domingo realizou 641 encaminhamentos aos serviços de acolhimento da rede socioassistencial. "Também distribuiu 3.618 cobertores por meio das abordagens realizadas pelo Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), atendimentos de chamados via Central 156, feitos pelas equipes da Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS), pelos atendimentos das equipes do Ampara SP e nas dez tendas de atendimento à população em situação de rua."

Além disso, nas dez tendas foram distribuídos, na última noite, 18.848 itens de alimentação, como sopa, pão, chocolate quente, chá e água, e aplicadas 173 vacinas contra a covid-19 e a influenza", disse a secretaria.

Também questionada sobre a morte do morador de rua, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) não se pronunciou.

A vítima foi encontrada por assistentes sociais, que chamaram o serviço do Samu e a Polícia Militar. O corpo foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML).

O laudo que aponta a causa da morte não foi divulgado. Mas, se confirmado o óbito em decorrência do frio, Odair seria a primeira pessoa a morrer em São Paulo, neste ano, em função das baixas temperaturas.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) de São Paulo, a capital paulista registrou durante a madrugada do dia 14 uma temperatura média mínima de 11,6ºC. Na região de Perus, zona norte, os termômetros marcaram 9,1ºC, segundo o centro de gerenciamento; e na divisa de Parelheiros com Capela do Socorro, na zona sul, a estação meteorológica do local chegou a registrar 6,4°C.

Uma imagem de Odair divulgada nas redes socais por perfis que defendem os direitos das pessoas em situação de rua mostra o homem coberto com algumas mantas e um gorro sobre a cabeça. Pelas fotos, é possível ver que a vítima estava com o corpo bastante fragilizado.

Segundo o xeque Rodrigo Jalloul, que atua em defesa da população de rua junto com o padre Julio Lancellotti, o estado de saúde debilitado de Odair já havia sido informado para a rede assistencial do município.

No primeiro trimestre deste ano, 72,1 mil solicitações foram registradas no Disque 156 da Prefeitura de São Paulo visando atendimento aos moradores de rua. A maioria dos chamados foi feito para o serviço de atendimento social a esse público.

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Paulo Betti usou o Instagram para lamentar a morte do irmão. Nesta terça-feira (16), no Instagram, o astro da novela Amor Perfeito fez um post emocionante para homenagear José, de 80 anos. Betti afirmou que chegou a conseguir uma brecha nas gravações da trama para se despedir.

"Zé foi meu irmão e também um pouco meu pai. Ele era dez anos mais velho que eu. Eu estava agoniado sabendo que ele estava próximo de seu fim neste mundo, e não conseguia ir à Sorocaba pra vê-lo. Mas, Zé sempre foi uma solução e nunca um problema. Pois não é que me esperou? Abriu os olhos e ouviu os nomes de todos que mandaram um abraço e beijo de despedida pra ele", escreveu ele.

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Na publicação, o ator da Globo afirmou que o corpo de José será sepultado ainda na tarde de hoje, em São Paulo. Após dar a notícia, Paulo Betti recebeu o carinho de Carolina Dieckmann, Mariana Ximenes, Caio Blat, Leandra Leal, Camila Queiroz, Lucy Ramos, Alessandra Negrini, Debora Bloch, Zezeh Barbosa, Marcelo Serrado, Carmo Dalla Vecchia, entre outros famosos.

Quatro crianças (um menino de 9 anos e três meninas de 7, 6 e 4 anos) morreram durante um incêndio na casa em que dormiam, em Canapi, no interior do Alagoas, na madrugada de domingo (14). Os primeiros indícios são de que um curto-circuito em um ventilador portátil que estava no quarto causou o incêndio.

As mães das crianças estavam na casa, mas, assim como as vítimas, dormiam quando o incêndio começou e não conseguiram evitar as mortes. Segundo a Polícia Civil, a posição em que os corpos foram encontrados indica que o menino de 9 anos tentou salvar as demais vítimas. Ele morreu abraçado a duas delas.

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Davy Lucas Silva de Jesus, de 9 anos, e Aylla Ludmyla Silva de Jesus, de 7 anos, são filhos de Lucas Santana, que frequenta uma igreja evangélica de Canapi. Santana, a mulher e os filhos foram ao culto, na noite de sábado, 13, e ao final convidaram o pastor Aldo, a mulher e as duas filhas dele (Maria Ayslla Alves Oliveira Silva, de 6 anos, e Maria Ariela Alves Oliveira Silva, de 4 anos) para irem à sua casa.

O pastor recebeu um pedido de ajuda de uma pessoa que estava passando mal em Santana do Ipanema, município a 45 quilômetros de Canapi. Aldo e Santana foram até lá, enquanto as crianças e as mulheres dormiam na casa de Santana - as quatro crianças em um quarto e as mulheres em outro. Um ventilador portátil foi colocado numa tomada perto da porta do quarto das crianças, para refrescá-las.

Durante a madrugada, o incêndio - possivelmente causado por curto-circuito no ventilador, segundo avaliação preliminar da Polícia Civil - tomou conta do quarto e matou as quatro crianças por asfixia e carbonização. Quando as mulheres acordaram, o fogo já havia tomado conta do local.

Segundo a Polícia Civil, o menino tentou salvar as outras vítimas do incêndio. "Ele estava abraçado com duas das meninas, como se tivesse tentando protegê-las das chamas. A quarta vítima, também do sexo feminino, estava caída ao lado dele, demonstrando que ele ainda tentou salvá-la", disse o perito Clisney Omena à TV Globo em Alagoas. A posição do ventilador, próximo à porta, teria dificultado a fuga das crianças.

Devido ao estado dos corpos das vítimas, não foi possível identifica-los por impressão digital ou pela arcada dentária. Por isso, nesta terça-feira, 16, deve ser recolhido material genético delas e dos familiares, para que seja feita identificação por DNA. Só depois os corpos serão liberados para sepultamento. A Polícia Civil de Canapi investiga o caso, para saber se alguém será responsabilizado criminalmente pela morte das crianças. A prefeitura de Canapi decretou luto oficial por três dias no município.

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