Tom Hanks lança 'Inferno', baseado em livro de Dan Brown
Depois de 'Código da Vinci' (2006) e 'Anjos e Demônios' (2009), Hanks conta o inferno que inspirou o poeta florentino Dante para descrever os círculos que atravessa em sua própria jornada na vida após a morte
A cidade italiana de Florença vive três dias "infernais" que culminarão com o lançamento, neste sábado, do filme "Inferno", com Tom Hanks, protagonista da nova adaptação do cineasta Ron Howard do livro homônimo de Dan Brown.
"Florença é uma cidade charmosa. Inventar um plano malvado aqui é uma tarefa impossível, porque há apenas beleza, mistérios e enigmas", comentou na quinta-feira Howard ao inaugurar os festejos para a estreia mundial.
A encantadora cidade dos Médicis, berço no século XIV do Renascimento, é a verdadeira protagonista do filme, baseada no bem-sucedido romance de Brown, que confessou ser fascinado por sua arte e arquitetura.
Toda a equipe do filme viajou para a ocasião à capital da Toscana. Além de Hanks e Ron Howard, estavam presentes o francês Omar Sy, Felicity Jones, Irrfan Khan e o autor de Inferno, um romance de mistério e suspense baseado na simbologia oculta na Divina Comédia, a obra clássica de Dante Alighieri, mas que também fala dos problemas da superpopulação mundial.
No esplêndido Salone dei Cinquecento (Salão dos Quinhentos), no Palazzo Vecchio, onde foram rodadas várias cenas de "Inferno", responderam as perguntas de dezenas de jornalistas do mundo todo.
"A ignorância é o maior perigo para a humanidade", disse o ator americano Hanks, de 60 anos, ao comentar um dos aspectos abordados pelo livro.
Hanks, simpatizante do Partido Democrata, também se referia às eleições presidenciais em seu país.
"Se observarem a história, ou se lerem os livros de Dan Brown, poderão perceber que o mundo se encontrou frequentemente diante de uma encruzilhada que o obriga a aprender a conviver uns com os outros", explicou o ator.
"Alguns países respondem com simplicidade a problemas complexos", comentou, lançando outra indireta aos seus compatriotas.
- "Nós criamos nosso próprio inferno" -
O talentoso ator, ganhador de dois Oscar, pela terceira vez encarna o professor Robert Langdon, que dessa vez acorda com amnésia em um hospital, onde é atendido pela doutora Sienna Brooks (Felicity Jones). Ela o ajudará a recuperar a memória e evitar a propagação de um vírus que ameaça a metade da população do planeta.
Depois de "Código da Vinci" (2006) e "Anjos e Demônios" (2009), Hanks conta o inferno que inspirou o poeta florentino Dante para descrever os círculos que atravessa em sua própria jornada na vida após a morte.
Com a jovem médica, Sienna Brooks, participa de uma corrida contra o tempo entre Florença, Veneza e Istambul para frustrar o malvado plano de um cientista decidido a exterminar 90% da humanidade com um vírus assassino.
"Dan Brown nos conta o inferno que criamos na terra. Dante descreve em seus cantos um lugar específico, enquanto o filme narra como o terrorista quer mudar o que considera um inferno", afirma.
E este inferno é representado pelos problemas ambientais, as pessoas escravizadas, a superpopulação...
Por sua vez, Dan Brown explicou que a ideia partiu de uma estatística que leu: "A população mundial triplicou em 80 anos".
"O filme aborda este problema porque se tivéssemos que rodar cada cena do livro teria durado 35 horas. O diretor centrou o problema da superpopulação, é um fio condutor", explicou um dos autores que mais vendeu livros em todo o mundo, cerca de 200 milhões de exemplares.