Presidente da Fundarpe diz que FIG faz política cultural
Em balanço do Festival de Inverno de Garanhuns, apresentado neste sábado (29), a gestora destacou atividades, além dos shows principais
O Festival de Inverno de Garanhuns ainda tem todo esse sábado (29) pela frente, com atrações em vários polos, mas a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) já promoveu uma coletiva de imprensa para apresentar um balanço do evento. No encontro, Márcia Souto, presidente da Fundarpe, exaltou o FIG, que, na sua ótica, evoluiu. "Esse ano trouxe um saldo muito positivo esse ano, o festival amadureceu, hoje ele mostra um perfil mais definido e que cumpre o papel de mostrar o novo, através da arte. Ele também se renovou, com atrações diversas, como o circo. O teatro também cresceu, houve um desejo maior do público de participar e de ver", disse.
Somente na praça Mestre Dominguinhos, circularam 250 mil pessoas, segundo dados da organização. Márcia, porém, destacou a importância dos outros polos, atividades e equipamentos. "O festival não pode ser apenas entretenimento. Nós fazemos política cultural. Esse é o papel do estado. É mais fácil tocar a pessoa através da arte. Precisamos formar esse público. Com o esvaziamento do Ministério da Cultura como se vê hoje, manter um festival forte é uma vitória enorme", afirmou.
Esse ano, o orçamento do evento girou em torno de R$ 6,5 milhões. Mesmo com a crise, o FIG manteve sua programação normal. "No serviço público, o mais fácil é não fazer, é só dar uma desculpa que não tem dinheiro e pronto. Mas pode-se fazer de outras formas, com alternativas criativas", ressaltou, Márcia, que já começa a planejar a edição de 2018. "Anoto tudo que fico vendo para fazer essa memória. O interessante de estar na execução é que a primeira coisa que você vê são os defeitos, então fico memorizando. Temos relatórios diários para aprimorar, mas não é fácil. A construção do festival é possível por parcerias importantes, como Sesc, Senac, Prefeitura e Cepe", lembrou.