Prada deixará de usar pele de animais em suas coleções
As associações a favor do bem-estar e do tratamento ético dos animais acolheram bem a decisão
A marca de luxo italiana Prada anunciou que não irá mais usar peles de animais em suas coleções, e se une a uma longa lista de empresas que pararam de trabalhar com este material - informou a casa de moda de Milão nesta quarta-feira (22).
Aplaudida pelas associações de defesa dos animais, Prada comunicou que não usará peles em sua coleção feminina para a próxima primavera/verão 2020.
A marca disse manter um "diálogo positivo" com a Fur Free Alliance (FFA), uma associação de mais de 50 organizações em defesa do bem-estar animal em mais de 40 países.
"Inovar e responsabilidade social fazem parte dos valores fundadores do Grupo Prada. A decisão de adotar uma política 'livre de peles' (...) é um passo importante", afirmou a diretora artística, Miuccia Prada.
"A investigação e o desenvolvimento de materiais inovadores permitirão à empresa explorar novas fronteiras em termos de criação, ao mesmo tempo em que satisfaz a demanda por produtos mais éticos", acrescentou.
As associações a favor do bem-estar e do tratamento ético dos animais acolheram bem a decisão.
O grupo Prada, que inclui as marcas Miu Miu, Car Shoe e Church's, "se une à lista cada vez maior de marcas que proíbem o uso de peles para responder aos pedidos de mudança dos consumidores", afirmou o presidente da FFA, Joh Vinding.
Com esta decisão, "um dos nomes mais importantes da moda está se tornando um líder da defesa do bem-estar dos animais e da inovação para as futuras gerações", comentou PJ Smith, da organização Sociedade Humana dos Estados Unidos.
Nos últimos anos, importantes marcas italianas, entre elas Armani, Gucci, Versace e Furla, a britânica Burberry e as americanas Donna Karan, DKNY e Michael Kors aderiram à campanha, assim como o francês Jean-Paul Gaultier.