Pantanal: Obra deixa sua marca na história da televisão
Remake de Bruno Luperi deixou o público de casa vidrado com a mesma magia da primeira versão
Na noite desta sexta-feira (7), logo após o 'Jornal Nacional', chega ao fim o sucesso chamado 'Pantanal'. Capitaneado pelo autor Bruno Luperi, o folhetim mostrou desde março, mês de sua estreia, que a paixão pela teledramaturgia continua presente. O remake só fez provar que a magia deixada pela versão original, exibida na extinta Rede Manchete, em 1990, teve o dom de encantar novos e os antigos telespectadores.
Baseado na obra de Benedito Ruy Barbosa, avô de Bruno Luperi, o projeto idealizado pela Globo fez com que o público de casa ficasse de olhos bem atentos com questões atuais da sociedade, como combate à homofobia, machismo e empoderamento feminino, sem contar nos pontos de crueldade marcados pelas mãos do homem no território pantaneiro, Centro-Oeste do país.
Trazendo lembranças do passado, deixando viva na memória daqueles que não perdiam na Manchete a um capítulo, a nova versão da trama resgatou em muita gente a vontade de acompanhar histórias impactantes e bem reflexivas, algo que não se via desde 'Avenida Brasil', de João Emanuel Carneiro, em 2012.
Abusando de imagens caprichosas, textos afiados e interpretações de tirar o fôlego, destaque para a entrega de Alanis Guillen (Juma), Juliana Paes (Maria Marruá), Marcos Palmeira (Zé Leôncio), Murilo Benício (Tenório), Isabel Teixeira (Maria Bruaca), Dira Paes (Filó), Karine Teles/Bruna Linzmeyer (Madeleine) e Osmar Prado (Velho do Rio), 'Pantanal' termina com dever cumprido.
Abrindo caminhos para a substituta, 'Travessia', de Gloria Perez, a trupe de Jove (Jesuíta Barbosa) deixará saudade no cotidiano de quem não acompanhava há bastante tempo uma novela recheada de sentimentalismo, explorando uma narrativa de prender com maestria a atenção do povo brasileiro.
*Fotos: Reprodução/TV Globo