Regina Casé Reprodução/Instagram/@reginacasé

Regina Casé abriu o jogo sobre uma polêmica que circula há anos. Durante uma entrevista ao podcast Mano a Mano, a atriz e apresentadora esclareceu os rumores de que 'odeia pobre'. No bate-papo, ela afirmou que o assunto gerou desconforto em sua carreira.

"As pessoas falam: 'A Regina não gosta de pobre não, não gosta de preto. Ela mora na Zona Sul'. Diziam: 'O Esquenta! é programa de maconheiro, macumbeiro, veado, bandido…'. Porque [para os críticos] funkeiro e bandido são sinônimos. Só que o cara que aparecia lá, ninguém sabia o nome. Eles sabem o meu. Então, todo o preconceito contra cada uma dessas pessoas fazia um funil, um ralo, e vinha para mim. A vida da gente era ruim pra caramba. De embate na rua", explicou.

Sucesso atualmente na novela Todas as Flores, com a personagem Zoé, Regina relembrou também das dificuldades que teve no começo da profissão por ter raízes nordestinas.

"Por que Chico Anysio, Renato Aragão e Tom Cavalcante não viraram atores dramáticos? Por que eles vão para o humor? Porque só de ele ter aquele sotaque e aquela cara ele é considerado um palhaço. É caricato. O preconceito é tão forte e tão completamente naturalizado que não adianta, ninguém conseguiria vê-los num papel sério ou dramático", contou. Regina disse que "qualquer nordestino era fadado a ficar no humor".