Juliette Reprodução/Instagram/@juliette

Juliette conquistou o carinho de muita gente quando ainda estava confinada no Big Brother Brasil. Após deixar o reality show da Globo, a paraibana encantou um novo público relacionado com a sua música. Quando lançou seu primeiro EP, a campeã do BBB 21 viu que sua vida artística estava ganhando força. Na última quinta-feira (24), Juliette liberou nas plataformas de áudio o primeiro álbum da carreira, intitulado Ciclone.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a estrela do hit Bença abriu um pouco o coração sobre sua trajetória pessoal. De acordo com Juliette, muita gente chegou a debochar de sua sonoridade.

"As pessoas têm o péssimo hábito de achar que só porque sou nordestina devo cantar apenas forró. Isso não existe. [...] A xenofobia empobrece nossa cultura. [Meu sotaque] Causa estranhamento. A gente se vicia em cantar como o mercado impõe. Todo artista que se propõe a fazer algo diferente causa estranhamento. Se esse for o preço, tudo bem. Que uma criança possa entender [ao me ouvir] que ela pode ser paraibana e cantar pop ou o que quiser", explicou.

Apesar de receber o amor de inúmeras pessoas, Juliette também foi vítima de ataques nas redes sociais. A cantora afirmou que perdeu mais de 2 milhões de seguidores, após seu posicionamento político a favor de Lula (PT) para as eleições do ano passado.

"Eu tinha uma consciência social e política já formada antes do BBB. Minha história sempre foi de luta e resistência pela minha classe social. Não seria honesto negar isso quando eu sasse do reality", contou.

Mesmo escancarando seu apoio a Lula, Juliette afirmou que ainda não tem como avaliar a terceira gestão do presidente da República: "Quando [o governo] me desagradar, não terei problema em criticar ou lutar contra ideias em que não acredito. Meu propósito nunca foi sobre partidos ou pessoas específicas. Sou fiel à sociedade. Vim de baixo, então vou querer o melhor para o povo, independente de quem seja o político".