Vasco vai a campo tentando 'esquecer' atraso salarial

Agência Estadopor Agência Estado dom, 29/01/2012 - 08:32

Vivendo um clima de tensão e princípio de crise, o Vasco visita o Duque de Caxias neste domingo, às 17 horas, no Estádio Cláudio Moacyr, em Macaé (RJ), com o objetivo de mostrar que o atraso nos salários não vai afetar o rendimento do time em campo. Em busca da segunda vitória na Taça Guanabara, os atletas do elenco vascaíno prometem a mesma dedicação da temporada passada, quando o mesmo problema também existiu e, mesmo assim, o time foi campeão da Copa do Brasil e vice-campeão brasileiro.

"A torcida e a diretoria do Vasco podem ficar tranquilas porque, em momento algum, nós vamos largar. Lógico que a situação incomoda, mas a diretoria está se empenhando para resolver tudo rapidamente", comentou o atacante Alecsandro, um dos titulares do time, ao falar sobre o atraso nos salários. "Vamos treinar, viajar e continuar mostrando a alegria que todos podem comprovar aqui diariamente. Queremos deixar o lado negativo fora de campo e buscar as vitórias. Empenho não vai faltar nunca."

Mas o ambiente é de desconforto, mesmo com a diretoria tendo garantido na sexta-feira que quitou parte da dívida com os jogadores - eram dois meses de atraso no salário e quatro meses nos direitos de imagem. Os principais nomes do elenco, como Alecsandro, Felipe e Juninho Pernambucano, lideraram um movimento que pediu a abolição da concentração antes do confronto com o Duque de Caxias.

A diretoria não aceitou a ideia e negociou um meio termo, remarcando o treino de sábado das 9 para as 16 horas e adiando a viagem para Macaé. Mas, se o problema de atraso nos salários persistir na semana que vem, o impasse pode ser retomado.

O sempre tranquilo técnico interino Cristóvão Borges se mostra paciente com a situação do clube e acredita que seus comandados realmente não vão desanimar diante das circunstâncias. "A maturidade do grupo é muito importante, porque as conversas são sempre num nível melhor. Somos transparentes e isso é bom para a relação. A reivindicação dos jogadores é compreensível, mas a gente conversa e busca uma solução", ponderou o treinador.

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