Quando os resultados não aparecem dentro de campo, o treinador é o primeiro a perder o emprego. Essa máxima do futebol, sobretudo no Brasil, tem se aplicado muito bem no Campeonato Pernambucano 2012. Após dez rodadas, uma antes do término dos jogos de ida da fase classificatória, seis times (a metade dos participantes) já mudaram o comando técnico.

O último a entrar para o clube foi o Araripina, que trocou Mirandinha pelo rodado Adelmo Soares. Antes, o também sertanejo Serra Talhada substituiu Reginaldo Souza por Bagé após a queda vertiginosa de rendimento. Mas Reginaldo não ficou muito tempo desempregado, uma vez que foi convidado para assumir o cargo de Dado Cavalcanti no Ypiranga.

Quem também já desfez o planejamento inicial foi o Central, com a saída de Alemão e a efetivação de Júnior Caruaru, que estava comandando os juniores da Patativa. Lanterna do certame, o América tenta sair do buraco com Charles Muniz, que chegou para o lugar de Paulo Júnior. Mas o primeiro a mudar de treinador neste campeonato foi o Belo Jardim. Givanildo Sales não suportou as quatro derrotas nas quatro primeiras rodadas e caiu – Leivinha foi contratado e o time se recuperou.

OUTRO LADO - A prova viva de que a vida útil do treinador em um time de futebol está atrelada aos resultados é que as seis equipes que continuam com os mesmos técnicos ocupam as primeiras posições na tabela. Líderes com 22 pontos, o Salgueiro segue com Neco e o Náutico com Waldemar Lemos. No Sport (3º, com 20 pontos), Mazola Júnior se mantém firme, graças principalmente a vitória por 3x1 sobre o Santa Cruz. O tricolor, mesmo em quinto, permanece com Zé Teodoro.  No surpreendente Petrolina, quarto colocado com 18 pontos, quem segue dando as ordens é Pedro Manta. Fechando esse grupo, Laélson Lima ainda é o treinador do Porto, sexto colocado com 14 pontos.