Fifa pede substituição imediata de Teixeira em comitê
A Fifa disse nesta terça-feira que Ricardo Teixeira deve ser substituído "imediatamente" no seu comitê executivo pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O brasileiro renunciou ao seu cargo na Fifa por "motivos pessoais" sem dar mais detalhes na segunda-feira, uma semana depois de deixar a presidência da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.
Nesta terça-feira, a Fifa disse que seu estatuto exige que a Conmebol tome uma ação rapidamente. "A Conmebol terá agora de decidir imediatamente sobre a substituição de Ricardo Teixeira como um dos seus representantes no Comitê Executivo da Fifa para o período remanescente do mandato", anunciou a Fifa em um comunicado.
Com 24 membros e presidido por Joseph Blatter, o Comitê Executivo da Fifa se reúne na próxima semana em Zurique, mas já era esperado que Teixeira não comparecesse. O brasileiro ficou em situação complicada na entidade após Blatter declarar que desejava publicar documentos sobre escândalo da década de 1990 em que a ISL teria pago suborno a dirigentes, incluindo Teixeira.
Presente no Comitê Executivo da Fifa desde 1994, Teixeira tinha mais dois anos de mandato como um dos representantes sul-americanos. A Conmebol tem três assentos no painel, sendo que, tradicionalmente, um é destinado ao futebol brasileiro e outro ao argentino. A Conmebol pode enviar um substituto interino para a reunião em Zurique, marcada para os dias 29 e 30 de março, até que uma eleição seja realizada.
O Comitê Executivo da Fifa já tem um membro interino e um assento vago. O chinês Zhang Jilong está substituindo Mohamed bin Hammam, que era presidente da Confederação Asiática de Futebol e foi bandido por toda a vida no ano passado, mas só poderá ser formalmente trocado após a avaliação do seu recurso na Corte Arbitral do Esporte. Além disso, ainda não foi indicado um substituto para Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, que deixou todos seu cargos no futebol para evitar uma investigação no escândalo de suborno na eleição presidencial que envolveu Bin Hammam.