"O basquete precisa ter profissionalismo", afirma Pezão
Luiz Morais, o Pezão, também revelou o seu pensamento para o futuro do basquete pernambucano
Próximo ao lançamento oficial da temporada 2012 do basquete pernambucano, que será realizado nesta quarta-feira, o Presidente da Federação Pernambucana da modalidade (FPB), Luiz Augusto da Cunha Barreto Morais, conhecido como Pezão, conversou com o portal LeiaJá e apresentou suas expectativas para o esporte este ano.
O gestor informou que a entidade está disposta a fazer um campeonato maior e mais organizado, mas também cobrou mais profissionalismo das equipes participantes do Pernambucano nesta temporada. Por fim, ele ainda revelou o pensamento para o basquete estadual no futuro.
Confira abaixo a entrevista, na íntegra:
Portal LeiaJá - Qual a expectativa para o Campeonato Pernambucano deste ano?
Luiz Morais (Pezão) - Sempre que a gente vai iniciar uma competição a expectativa é melhor do que a do ano passado. Estamos esperando a confirmação das equipes inscritas. Queremos um número maior em relação à 2011, além de melhorar o nível técnico. É importante que atividades paralelas não atrapalhem a presença das equipes nas partidas. O basquete precisa ter profissionalismo para não ficar dependente de outras coisas.
LeiaJá - Quantos times vão integrar a disputa?
Morais – Ainda não temos essa definição, já que ainda estamos esperando fechar as inscrições. Prorrogamos um pouco mais para aumentar o número de equipes. O prazo final é dia 30 de março, visando iniciar a disputa a partir do dia 10 de abril.
LeiaJá – Quais as novidades em relação ao ano passado?
Morais – A principal novidade, apenas, é que vamos cobrar uma taxa de inscrição menor na competição ao invés da anuidade que os clubes pagavam à Federação. As taxas de arbitragem serão quitadas na hora das partidas pelas equipes. Um time adulto vai pagar R$ 400 pela inscrição no Campeonato. A tendência é esse valor diminuir de acordo com as categorias menores.
LeiaJá - Este ano, o campeonato contará com mais equipes do interior do Estado?
Morais – Estamos tentando fazer com que mais equipes do interior participem mais. Ano passado, apenas uma time formado por atletas das cidades do Cabo de Santo Agostinho e Caruaru integrou a disputa.
LeiaJá - Mesmo sem a definição do total de clubes participantes, é possível indicar um favorito?
Morais – A equipe mais forte sempre é o Sport. É um clube melhor estruturado. Além dele, existe a Faculdade Santa Emília, que também tem um bom time. A equipe do náutico é sempre uma incógnita. É preciso aguardar para ver o restante dos participantes.
LeiaJá - Como o Senhor avalia o momento atual do basquete pernambucano?
Morais – Temos uma expectativa muito grande. O presidente da Confederação Brasileira (CBB) estará aqui e vamos fazer uma mesa redonda para a abertura do campeonato. Convidamos autoridades e a imprensa. O pensamento é sempre positivo. Nosso projeto é fazer um campeonato mais organizado, com mais equipes e mais profissionalismo.
LeiaJá - O Senhor sempre coloca a questão do profissionalismo em suas respostas. Esse é um dos pontos mais importantes?
Morais – É o principal. A partir do momento que você entra numa disputa - mesmo que não tenha dinheiro – é preciso ter, pelo menos, compromisso. É isso que a gente espera dos clubes. Em função disso, seriedade e treinamento também são importantes. Se você não faz isso, qualquer causa é motivo para você não ir ai jogo. Por exemplo: se as partidas são no período da noite, é necessário se programar para não faltar. Isso serve tanto para treinador como para os jogadores. Todos tem que ter com a mesma intenção.
LeiaJá - Qual a importância de ter o presidente da CBB integrando as solenidades de abertura da temporada 2012?
Morais – É muito importante. Federação e Confederação estão juntas para fortalecer o esporte no Estado. Isso é o que estamos tentando passar para mídia. Juntos, queremos incentivar, estimular, trazer o fato importante, mostrar o nosso basquete. Não podemos obrigar os clubes a tentar melhorar e dar uma estrutura melhor. É necessário que eles ofertem ao técnico uma quadra de qualidade, bolas de bom material, tempo e condições de deslocamento dos atletas para os jogos.
LeiaJá - O Senhor participará da mesa redonda que vai falar sobre "A busca pelo desenvolvimento do basquete pernambucano". O que o Senhor espera dessed encontro?
Morais – Vamos colocar o tema em pauta e queremos ouvir a opinião de várias pessoas. Teremos o Secretário Executivo da Secretária de Esportes de Pernambuco, Ademir Felix (Dema), além do 1º presidente da Federação, Nilton Agra. O público geral também vai interagir.
LeiaJá -Por fim, qual o seu pensamento para o futuro do basquete pernambucano?
Morais – O que a gente gostaria de ter era, pelo menos, dois representantes na liga nacional (Novo Basquete Brasil – NBB), um no masculino e outro no feminino. O mínimo que esperamos é chegar em uma condição dessas. Não sei se será possível, mas esse é o objetivo.