Sport usa e abusa das improvisações
Quem acompanha a escalação do Sport há anos não se impressiona com a quantidade de “jogadores multifuncionais” que formam a equipe. Se for perguntar a Tobi se ele é zagueiro ou cabeça-de-área, nem o próprio jogador saberá responder perfeitamente. O mesmo acontece com Rivaldo, que até hoje não sabe se é volante ou lateral-esquerdo. Williams, por sua vez, tem que se virar no meio-campo e no ataque, assim como Marquinhos Gabriel, que vez ou outra atua mais recuado, ajudando os meias rubro-negros.
Contratado como volante, Tobi jogou um bom tempo na função de terceiro zagueiro, mas teve de retornar à posição de origem depois da chegada do técnico Vágner Mancini à Ilha do Retiro. Na última partida, o jogador foi surpreendido com a nova tarefa imposta pelo treinador: cobrir a lateral-direita, já que Moacir havia se machucado e ficado de fora do duelo contra o Cruzeiro, que venceu por 1x0, em Minas.
Vale lembrar que Moacir já viveu o mesmo na Ilha do Retiro. Ex-volante, o jogador virou lateral-direito na Era Nelsinho Batista, que levou o Sport à Copa Libertadores, em 2009. Nelsinho ficou conhecido também por escalar o atacante Carlinhos Bala na lateral-direita durante alguns jogos da Série A.
Do elenco atual, outro que se acostumou com o trabalho multifuncional foi Thiaguinho, que jogava como lateral e neste domingo, contra o Bahia, às 16h, em Pituaçu, tem mais uma vez a responsabilidade de vestir a camisa 10 do Leão.
Embora essa mania possa confundir a mente dos jogadores, Tobi apoia o estilo exigente do professor Mancini. “Além de evitar contratações desnecessárias, você fica com mais opções para montar o time. Ele pode mexer na equipe ao longo da partida sem fazer substituições”, defende o atleta.