Bebeto afirmou que gostou do andamento das obras da Arena Pernambuco Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Todo jogador sonha em defender a sua seleção em uma Copa do Mundo. Muitos até conseguem, mas nem sempre têm o privilégio de disputar esta competição em seu país natal. Assim foi com os atacantes Ronaldo e Bebeto, campeões mundiais com o Brasil no ano de 1994, quando a competição ocorreu nos Estados Unidos. Em visita à Arena Pernambuco, realizada nesta terça-feira (26), eles lembraram a importância da capital pernambucana para que esse título fosse alcançado e o desejo de ter participado de um evento como o de 2014.

José Roberto Gama de Oliveira, o Bebeto, esteve com o time do Brasil na fraca campanha da Copa de 1990, na Itália. A edição de 1994 era a oportunidade de uma redenção para ele e outros jogadores. Ele lembra a importância do Recife para esta conquista. “É uma cidade que marcou muito a gente, o Ronaldo sabe. Aqui foi o início do título de 1994. Entramos de mãos dadas”, lembrou - fazendo referência à partida entre a seleção e a Bolívia, realizada no dia 28 de agosto de 1993, no Estádio do Arruda. Neste jogo, foi registrado um público recorde no local: 96.200 torcedores. A equipe aplicou uma goleada de 6x0. 

Na época, a seleção estava sendo muito criticada e mesmo vencendo o Peru no Morumbi, foi vaiada ao final da partida. Um insucesso diante da Bolívia, que era líder do grupo B das eliminatórias, poderia deixar o time de fora do mundial. Depois do jogo no Arruda, eles entrariam de mãos dadas em todas as partidas do mundial.

No Recife, um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro iniciava no Arruda a sua história de amor com a amarelinha. “Aqui foi a primeira vez que atuei com a camisa da seleção. Joguei apenas cinco minutos porque o fominha do Bebeto não deixou eu entrar, mas foi uma história marcante”, relembrou Ronaldo, sorridente. O jogador entrou no final da vitória por 2x0 contra a Argentina, em 1994.

(Relembre um dos momentos mais marcantes da Copa de 1994, quando Bebeto marca o 2º gol do Brasil contra a Holanda e inova na comemoração):

Como não puderam jogar uma Copa do Mundo no Brasil, a dupla se esforça para que tudo aconteça dentro do previsto em 2014. “Não tive essa felicidade como jogador. O COL e a FIFA não medirão esforços para que a gente faça uma das melhores Copas da história”, afirmou Bebeto. Sobre o Estado, ele não esconde o carinho. “Torço muito. Acredito que a Arena Pernambuco será entregue no prazo correto. A confiança é plena. Sempre pensei positivo e não vou mudar esta forma. Aqui é muita 'casa', sinto isso”, completou.

Ronaldo, que futuramente ainda disputaria a final de 1998 e venceria a edição de 2002, também avaliou como positiva a vinda à Pernambuco. “Gostei da visita. O que mais me marcou foi o entusiasmo dos operários e isso nos dá uma tranquilidade muito grande”, ressaltou.

Por fim, o “Fenômeno” afirmou: “Eu queria ter 10 anos a menos e 20 quilos a menos também. Seria fantástico”, declarou, sorrindo. “Daria tudo por essa possibilidade. Estamos lutando. Quando vejo negatividade sobre 2014, é como uma pontada no coração. Temos que acreditar que vamos fazer melhor, dentro e fora dos campos”, pontuou.

(Reveja os 15 gols de Ronaldo em Copas do Mundo):