Pouco utilizado, Cicinho fala do futuro incerto no Sport
Assim como nas duas últimas rodadas, atleta não foi relacionado para o duelo contra o Botafogo, nesta quarta, no Engenhão
Ao desembarcar no Recife, no início do Campeonato Brasileiro, Cicinho deu a entender que chegava para ser titular no Sport. Com passagens pela Seleção Brasileira e Real Madrid, o lateral-direito foi uma das maiores contratações da história do clube pernambucano. No entanto, apesar de garantir estar livre dos problemas que teve com o álcool, o jogador não mostrou um bom condicionamento físico e pecou na marcação. As falhas o fizeram perder a vaga para Moacir.
Indicação do técnico Vágner Mancini, que entregou o cargo após a derrota para o Figueirense (1x0) em plena Ilha do Retiro, no último sábado, Cicinho ficou de fora da lista de relacionados nas duas últimas partidas. O decepcionado semblante do atleta nos dias de treino deixava claro que não estava nada satisfeito com a ideia de amargar o banco de reservas. Após a saída de Mancini, surgiu a esperança de ganhar mais uma chance para o jogo desta quarta (15), contra o Botafogo, no Engenhão. Novamente, não foi relacionado.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (12), Cicinho deixou no ar uma dúvida sobre seu futuro no Sport. Entretanto, garantiu que seguirá fazendo seu trabalho na Ilha do Retiro. "Não vou desanimar. Sei que uma hora vão precisar de mim e tenho de estar preparado”, disse o lateral. “Não vou ficar brigando para ser relacionado. São decisões que tenho que respeitar”, completou.
Já que ainda não completou sete jogos pelo Sport na Série A, o atleta ainda pode ser transferido para outro clube da competição. Por isso, ele deu a entender que seu futuro no Leão é incerto. “Me sinto bem aqui. Mas a gente nunca sabe o dia de amanhã, e o futuro a Deus pertence”, afirmou. “Sinceramente, não sei se há alguma proposta ou se são apenas especulações. O que eu sei é que tenho um contrato de um ano e, por enquanto, não posso falar em sair daqui.”
“Eu fiquei sete anos e meio na Europa, voltei para o Brasil e joguei apenas quatro partidas como titular. E em nenhuma delas joguei os 90 minutos. Isso não é desculpa, mas quem joga futebol sabe que não adianta querer que um jogador que sai do banco de reservas renda a mesma coisa de um que está atuando desde o início da temporada”, explicou.
Após o anúncio da saída de Mancini, o diretor de futebol do Sport, Guilherme Beltrão, disse que ocorrerão mudanças na equipe e que alguns jogadores “que jogam com o nome” podem perder espaço. Ciente da declaração do dirigente, Cicinho falou que acredita que a crítica não foi direcionada a ele. “Já são quatro jogos que eu não jogo. Mas se foi para mim, vou procurar melhorar. Isso se eu jogar”, concluiu.