Após a inesperada saída do atacante Araujo, que trocou o Náutico pelo Atlético-MG, a diretoria alvirrubra convocou uma coletiva para passar a versão do clube. No Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, o superintendente de futebol Daniel Freitas criticou a forma que ocorreu a negociação.

"Do ponto de vista da ética, não houve nessa negociação. Foi totalmente antiética. O Araújo está saindo pela pior maneira possível, que é a ponta dos fundos. Ele cuspiu no prato que comeu", afirmou o gestor, que não considerou o empresário Gilson Marcos o principal culpado no caso. “É amador, aproveitador e mau-caráter”, disse.

Ainda de acordo com Daniel Freitas, o experiente jogador de 35 anos procurou os membros da diretoria no sábado a noite, avisando da proposta e pedindo a liberação. Porém, Araujo teria um pré-contrato assinado com o Náutico. Ou seja, teria que pagar uma multa rescisória. “A multa não é um valor alto para o Atlético-MG. A obrigação, na verdade, é do Araújo com o Náutico. É ele que nos deve. O que o Náutico deve é o salário de dezembro. Tem que pagar a multa. Caso contrário vamos acioná-lo judicialmente", disse.

Pego de surpresa, os diretores e o treinador Alexandre Gallo terão que pensar em novas contratações. “A gente já vinha trabalhando nisso. Claro que não esperávamos pela saída do Araújo, mas já estamos trabalhando na busca por reforços e vamos buscar uma reposição à altura”, finalizou.