Martelotte quer marcação começando no ataque

Para evitar surpresas, todos os jogadores terão responsabilidade com a marcação

por Clauber Santana qui, 25/04/2013 - 15:16
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O técnico Marcelo Martelotte ficou surpreso com a postura do Náutico no jogo do Arruda. Os alvirrubros marcaram a saída de bola, sufocando os tricolores e dificultando a chegada ao ataque. Para evitar mais surpresas na partida da volta, domingo, às 16h, nos Aflitos, o comandante coral está trabalhando insistentemente o sistema defensivo.

“Priorizei a marcação desde o campo de ataque. Acontecendo desde os jogadores de frente, para que a gente possa dificultar a saída de bola do Náutico. Não é diferente do que já vínhamos fazendo, é só para reforçar no campo adversário”, explicou Martelotte.

Quem mais ouviu instruções do treinador foi o lateral-direito Nininho. No treinamento de quarta-feira, Marcelo Martelotte escalou o time reserva com três atacantes, assim como o Náutico entrou em campo no último domingo. E por várias vezes, o ponta esquerda passava nas costas de Nininho com facilidade. No Timbu, quem costuma fazer essa função é o atacante Rogério.

“Desse time que está jogando, ele foi o último a entrar. Foi o jogador que menos fez esse tipo de treinamento na equipe titular. Normalmente, treinava na equipe reserva. É importante que ele entenda esse mecanismo de defesa. Se saiu bem no domingo, mas temos que orientar. Assim como os jogadores de defesa também precisam ajudá-lo nesse posicionamento”, analisou.

O Santa Cruz atua desde o começo do ano com a marcação por zona. Diferente do ano passado, quando Zé Teodoro priorizava a marcação individual. Até por isso, Martelotte cobra muito dos jogadores nos trabalhos táticos.

“Explicar para o jogador que daqui para frente ele não marca mais é difícil. Nossos jogadores de meio-campo têm força de marcação e fazem até o final. É importante que em alguns setores, os jogadores não fujam dos seus setores para não abrir espaço ao adversário”, afirmou e explicou porque tanta atenção na marcação.

“É importante ter um bom sistema de cobertura. E tem funcionado. Apesar de sempre colocar uma equipe ofensiva, temos uma defesa forte e que sofre poucos gols. Só não pode ter acomodação por causa desses números”, finalizou.

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