Barcelona se declara vítima de injustiça e descarta mudar
"Barça é um modelo a se seguir. Não temos nenhuma intenção de mudar o nosso modelo", disse o presidente Josep Maria Bartomeu
O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, afirmou, nesta quinta-feira (3), que o clube foi "vitima de uma grave injustiça" depois de ser punido com a proibição de realizar contratações pela Fifa e prometeu não mudar o seu modelo de recrutamento e formação de jovens jogadores.
Bartomeu disse em entrevista coletiva que o clube nunca quebrou nenhuma lei espanhola ao contratar jovens talentos para a sua famosa academia, La Masia, que produziu jogadores como Lionel Messi, Xavi Hernandez e Andres Iniesta.
"Nós somos vítimas de uma grave injustiça. Com esta decisão, a Fifa está penalizando um modelo que tem funcionado por 35 anos, está penalizando o clube. O Barça é um modelo a se seguir. Não temos nenhuma intenção de mudar o nosso modelo", disse. "Você não pode tocar em La Masia. Este modelo é o que tem permitido que o nosso clube seja o de maior sucesso na última década", completou.
Bartomeu disse que o clube estava investigando quem fez o protesto inicial sobre um jovem jogador sul-coreano, que levou a Fifa a exigir informações sobre 33 jovens atletas desde fevereiro de 2013.
O dirigente também questionou a própria Fifa e outras equipes, ao insinuar que outros times possuem procedimentos parecidos e não foram punidos, além de declarar que "não é normal que todas essas coisas acontecem com um clube", em referência também ao caso da contratação do atacante brasileiro Neymar, em que o Barcelona é acusado de fraude fiscal.
Questionado sobre se o Real Madrid estava por trás do denúncia anônima à Fifa, disse que o Barcelona realiza investigação para descobrir os envolvidos na acusação. "Estamos investigando documentos. Quando tivermos a prova, vamos agir com total de determinação".
O Barcelona espera que a punição seja cancelada pela supostas irregularidades encontradas pela Fifa, que o puniu por violar os regulamentos de transferência ao contratar jovens jogadores entre 2009 e 2013. O clube também acredita que as regras precisam ser alteradas. Além disso, prometeu acionar outras esferas judiciais caso não tenha sucesso no seu recurso na Fifa.