Surf em Olinda passa do medo ao convívio familiar

Após período sob risco de ataques de tubarão, praia de Zé Pequeno sedia torneios e reaviva interesse do público pelo esporte

por Clauber Santana seg, 08/09/2014 - 17:20

Aos poucos, o medo vai sendo esquecido e a tradição novamente ganhar espaço. Após um período sem sediar competições devido ao risco de ataques de tubarão, o mar olindense de 'Zé Pequeno' voltou a 'abrigar' surfistas. No último final de semana, recebeu o Bali Olinda Adventure, que teve Gabriel Farias e Cesar Aguiar como destaques. Assim como o número de praticantes no dia a dia, o de competidores volta a crescer gradativamente. E alguns representam as duas categorias, é o caso do olindense Fernando 'Bactéria'.

Entusiasta pelo retorno da modalidade ao ‘quintal da sua casa’, Fernando comemora o retorno da prática liberada do surf. Não pela comodidade, mas pela tradição que Olinda já teve com o esporte. “Surfo aqui desde 1987, então, quando acontece algum evento, me sinto na obrigação de participar e trazer de volta a história do surf na cidade”, afirmou o surfista de 39 anos.

Entretanto, nem sempre foi tranquilo surfar em Olinda. Ainda que não tenha havido nenhum registro de ataque de tubarão no local, por conta dos incidentes no mar de Boa Viagem (cerca de 18 quilômetros da praia de 'Zé Pequeno'), a prática foi vetada nos mares olindenses. “Os bombeiros proibiam, mas eu nunca os vi por aqui. Sempre surfei e afirmo que nunca teve ataques de tubarão nessa localidade (Olinda). Porque no dia que tiver, eu não surfo mais. Claro que tem o medo também envolvido, mas faz parte do esporte”, contou Fernando Bactéria.

Além da voltas das competições, Fernando Bactéria celebrou a boa aceitação do público olindense. “É muito legal ver várias famílias vindo à praia acompanhar os campeonatos. E só aumenta à medida em que mais eventos serão realizados por aqui. Muita gente vem andando para cá para surfar, participar ou só para assistir. Essa é a essência do surf”, finalizou.

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