Governo deve anunciar estímulos à indústria de petróleo
Segundo Eduardo Braga, nesta quarta-feira deveria ter ocorrido uma reunião entre ele e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para debater o tema, mas em função de um mal-estar não pôde comparecer
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou nesta quarta-feira, 3, que o governo deve anunciar após o carnaval medidas de estímulo à indústria do petróleo. Segundo Braga, nesta quarta-feira deveria ter ocorrido uma reunião entre ele e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para debater o tema, mas em função de um mal-estar não pôde comparecer.
O encontro deve ser reagendado para os próximos dias, mas ainda não há definição. "Estamos trabalhando nas medidas de estímulo para o setor de petróleo. Esperamos anunciar logo após o carnaval medidas de estímulo", disse, sem dar mais detalhes.
Abengoa
Braga esteve reunido na manhã de hoje com Luís Solaro Mascari, diretor-presidente da Abengoa, empresa espanhola que tocava obras de concessão no segmento energético e enfrenta problemas financeiros. Segundo ele, a empresa pediu 15 dias para se manifestar sobre a continuidade das obras de concessões. No fim do ano passado, 1,5 mil funcionários foram demitidos com a paralisação das obras do linhão entre o Tocantins e a Bahia, que servirá para escoar a energia da Usina de Belo Monte para o Nordeste.
Braga explicou que está conversando com a Abengoa por entender ser possível encontrar uma solução negociada, sem a necessidade de litígio. "Ela pediu um prazo até dia 15 para que possa se manifestar definitivamente sobre as concessões que estão fora de operação. A empresa terá de se manifestar junto ao ministério e terá negociação com a Aneel sobre essa questão", relatou o ministro. "Nós queremos uma solução de curtíssimo prazo para que as obras dessas concessões possam ser retomadas o mais rápido possível", emendou.
Desde o ano passado, a empresa, que é um dos maiores grupos da Espanha, enfrenta uma espécie de pré-recuperação judicial. Quando anunciou a sua reestruturação, a empresa informou que a tentativa de entrada de um novo sócio havia fracassado e que acionaria um mecanismo de renegociação de dívidas, previsto na lei espanhola, antes de entrar em concordata. Desde então, as obras da Abengoa estão paralisadas no Brasil.