Tópicos | petróleo

O petróleo fechou em queda contida nesta sexta-feira, 29, mas acumulou perdas de aproximadamente 10% em 2023. Assim, os preços do WTI e do Brent ficaram abaixo de US$ 80 o barril, frustrando expectativas de que os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e tensões geopolíticas pudessem impulsionar as cotações ao nível de US$ 100 o barril, frente aos riscos à oferta global.

O WTI para fevereiro fechou em baixa de 0,17% (US$ 0,12), em US$ 71,65 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, ele caiu 2,60%, no mês ele teve queda de 5,67% e em todo o ano, de 10,73%. O Brent para março, por sua vez, hoje recuou 0,14 (US$ 0,11), a US$ 77,04 o barril, na semana perdeu 2,57%, no mês de dezembro teve baixa de 4,72% e, em 2023, de 10,32%. Com isso, o petróleo registrou seu primeiro recuo anual desde 2020.

##RECOMENDA##

Na agenda do dia, a Baker Hughes informou que os poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA avançaram 2 na semana, a 500. O dado, porém, não influiu nos negócios. Na comparação anual, houve queda de 121 nos poços e plataformas em operação no país, mas isso não impediu que os Estados Unidos tenham batido recordes de produção diária nas últimas semanas.

Os contratos chegaram a exibir ganho mais cedo, mas sem grande impulso. A commodity chega ao fim de 2023 com menos vigor do que o esperado anteriormente por analistas, que falavam há um ano que o Brent estaria em cerca de US$ 85 ou mesmo a US$ 100. Especialistas ainda advertem que um quadro de instabilidade poderia levar os preços para cima, mas o quadro de demanda fraca e o crescimento na produção dos EUA pesaram neste ano. Houve um impulso em setembro, com cautela geopolítica, mas isso não se sustentou.

Para 2024, analistas acreditam em petróleo em US$ 90 o barril, apoiado por questões como os cortes na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Ao mesmo tempo, apontam que continua a haver incertezas no equilíbrio entre oferta e demanda nesse mercado.

 

* Com informações da Dow Jones Newswires

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o Brasil deve considerar a imposição de um limite à produção de petróleo, uma posição que a coloca em divergência com setores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao Financial Times, publicada nesta terça-feira, 26, Marina argumentou que o País será incapaz de alcançar objetivos como o de triplicar a energia renovável sem limitar a exploração da commodity. "É um debate que não é fácil, mas que os países produtores de petróleo terão de enfrentar", disse.

Ela acrescentou ainda que o foco na transição para uma economia verde precisa ser mantido. "A segurança energética é necessária, mas também devemos pensar na transição. Ambas as coisas devem acontecer", ressaltou.

##RECOMENDA##

A reportagem do FT enfatiza que os planos de Marina enfrentam obstáculos no governo Lula, em uma oposição liderada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a Petrobras.

Segundo o diário britânico, a insistência brasileira nos combustíveis fósseis gerou "ceticismo" internacionalmente, diante do apelo de Lula para que países ricos banquem a maior parte do combate às mudanças climáticas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou neste domingo (3) que haja contradição no governo em relação aos combustíveis fósseis e afirmou que o Brasil jamais entrará na Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

Em seu discurso de abertura na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), na sexta-feira, Lula defendeu a redução da dependência dos combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, o governo aceitou ingressar no grupo Opep+, criado pelo bloco petroleiro. O descompasso entre o discurso e a prática do governo gerou questionamentos de ambientalistas durante a conferência.

##RECOMENDA##

Lula concedeu uma entrevista coletiva neste domingo, antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com destino à Alemanha. Na ocasião, o presidente voltou a minimizar a entrada do Brasil na Opep+, dizendo que o país tentará levar ao grupo a discussão sobre a ampliação de combustíveis renováveis.

"Não há nenhuma contradição, não há nada. O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influenciar", disse.

Lula concedeu uma entrevista coletiva neste domingo, antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com destino à Alemanha. Na ocasião, o presidente voltou a minimizar a entrada do Brasil na Opep+, dizendo que o país tentará levar ao grupo a discussão sobre a ampliação de combustíveis renováveis.

"Não há nenhuma contradição, não há nada. O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influenciar", disse.

O presidente disse ainda que o dinheiro do petróleo pode ajudar a financiar a ampliação de outras fontes de energia, como o etanol, biodiesel, hidrogênio verde, energia solar e eólica.

"É verdade que nós precisamos diminuir o combustível fóssil, mas é verdade que nós precisamos criar alternativas. Então, antes de você acabar, por sectarismo, você precisa oferecer à humanidade opção", opinou.

De acordo com cientistas especializados na área de mudanças climáticas, a eliminação do uso de combustíveis fósseis é fundamental para frear o aquecimento global. Apesar disso, as Cúpulas da ONU nunca fixaram decisões robustas sobre o tema.

Depois de encolher suas operações internacionais e abandonar o continente africano após 40 anos de atividades, a Petrobras planeja voltar para a África, sobretudo se o licenciamento ambiental para explorar a Margem Equatorial for novamente negado. De momento, há uma aposta firme na exploração de reservas ricas em gás descobertas em blocos da companhia na Colômbia. A empresa também não descarta ir à Guiana e ao Suriname para explorar a Margem fora do país com sócias.

A intensidade dessa ida ao exterior vai depender da evolução da licença para explorar a bacia da Foz do Amazonas, hoje travada pelo Ibama. O movimento tem por objetivo aumentar as reservas da empresa, e assim garantir a continuidade da produção em bom nível na próxima década.

##RECOMENDA##

Em entrevista à reportagem, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, diz que a produção dos reservatórios gigantes do pré-sal vai declinar a partir do pico da produção, em 2032. Segundo Mendes, se novas reservas não forem descobertas o Brasil começará a importar petróleo a partir de 2040, o que considera retrocesso num contexto de preocupação global com segurança energética, sobretudo para um País que atingiu a autossuficiência no setor.

O novo Plano Estratégico da companhia para o período 2024-2028, a ser divulgado em novembro, já terá novamente a internacionalização presente, ainda que de maneira apenas indicativa. Será o pontapé inicial para recompor uma área que foi abandonada pela gestão anterior. Em janeiro de 2020, com a venda de ativos na Nigéria, a Petrobras saiu do continente africano, conhecido por ter geologia similar à da costa brasileira.

"A gente vai colocar de uma forma macro (no plano estratégico) a internacionalização. Há descobertas no mundo importantes, como na Nigéria, Angola, Namíbia. A Petrobras saiu, mas pode voltar. Sim, a gente quer voltar", afirma Mendes.

A presença da Petrobras na África começou ainda nos anos 1970, nos governos militares. Depois, somente nos anos 2000, sob os governos Lula e Dilma Rousseff, é que a área de E&P da estatal entrou mais decididamente na África.

Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, partindo de Angola e Nigéria, a estatal chegou gradativamente a outros oito países, lista que inclui Líbia, Moçambique, Senegal e Namí.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, tem reunião nesta terça feira (23) com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a negativa de autorização para a Petrobras buscar petróleo próximo à foz do rio Amazonas. O encontro está marcado para 14h30 no Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve participar. Ele chegou do Japão na madrugada desta terça e despacha do Palácio da Alvorada.

A conversa é parte de um movimento do Planalto para arbitrar a disputa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a Petrobras.

##RECOMENDA##

Na conversa, como apurou o Estadão/Broadcast, o presidente do Ibama deve explicar os motivos da negativa. Uma das razões é que a base logística ficaria a mais de 40 horas de barco do poço, o que atrapalharia ações em caso de acidentes.

Ele também deve dizer que não há problemas com a Petrobras especificamente e que já emitiu mais de 20 licenças para a empresa neste ano. A Petrobras já afirmou que vai recorrer da decisão do Ibama.

Nesta segunda-feira, 22, Marina se recusou a comentar o imbróglio e se limitou a abraçar Rodrigo Agostinho.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, negou nesta quarta-feira (17) pedido da Petrobras para explorar petróleo na foz do Rio Amazonas. Como revelou o Estadão/Broadcast, a questão virou um cabo de guerra entre os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Com a decisão, Agostinho segue a área técnica do Ibama e dá a vitória a Marina, que chegou a comparar o caso com a polêmica construção da Usina de Belo Monte. Em 2008, ela rompeu com o governo petista por causa da construção da hidrelétrica. Colegas partidários da ministra do Meio Ambiente defenderam a saída dela do governo caso o projeto fosse autorizado.

##RECOMENDA##

"Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental", afirma Agostinho, no despacho em que nega a licença ambiental.

O Ibama entende ser necessário retomar ações que competem à área ambiental para assegurar a realização de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS). Na prática, trata-se de um conjunto de estudos que medirá os riscos da atividade petroleira ao ecossistema e definirá se a exploração ali tem viabilidade ambiental.

A equipe técnica do órgão aponta também haver "inconsistências identificadas sucessivamente" e "notória sensibilidade socioambiental da área de influência e da área sujeita ao risco", destacando a necessidade de "avaliações mais amplas e aprofundadas".

Para Suely Araújo, ex-presidente do Ibama e especialista-sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima, Agostinho agiu tecnicamente e de maneira correta. Ela pondera, contudo, que a decisão enseja um debate mais amplo sobre o papel do petróleo no futuro do País.

"O momento é de estabelecer um calendário para a eliminação dos combustíveis fósseis e acelerar a transição justa para os países exportadores de óleo, como o Brasil, e não de abrir uma nova fronteira de exploração", afirma Araújo. "Quem dorme hoje sonhando com a riqueza petroleira tende a acordar amanhã com um ativo encalhado, ou um desastre ecológico, ou ambos."

Procurados, o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras não se manifestaram.

Mais cedo, também nesta quarta, Marina havia afirmado que o processo de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas é "muito complexo" e que a última palavra caberia a Agostinho. "O Ministério do Meio Ambiente não dificulta nem facilita, ele cumpre o que está na lei", disse Marina, em entrevista concedida à GloboNews.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira, 17, que o processo de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas é "muito complexo" e que a última palavra caberá ao presidente do Ibama, o ambientalista Rodrigo Agostinho.

"O Ministério do Meio Ambiente não dificulta nem facilita, ele cumpre o que está na lei", disse Marina, em entrevista concedida à GloboNews. Ela afirmou que a exploração de novas jazidas não se muda "por decreto". "É um processo muito complexo", afirmou. Segundo ela, os empreendimentos "têm que mostrar viabilidade econômica, social e ambiental".

##RECOMENDA##

Como revelou o Estadão, a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas virou um cabo de guerra entre Marina e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia). A Petrobras defende o projeto, enquanto o Ibama, instituto vinculado à pasta de Marina, já emitiu um parecer técnico recomendando o indeferimento do pedido de licença ambiental feito pela estatal.

Na entrevista, Marina citou o parecer técnico do Ibama - a decisão de seguir o parecer está sob análise de Rodrigo Agostinho. O impasse que opõe duas áreas do governo, como mostrou o Estadão, deverá ser arbitrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

À GloboNews, a ministra do Meio Ambiente defendeu a importância de se investir no processo de transição energética da Petrobras. "Tem que apostar em energia renovável: eólica, solar, de biomassa", disse, citando o esforço que a China tem, segundo ela, feito nessa direção.

A Petrobras busca licença para atividade de perfuração marítima no chamado Bloco 59, localizado a 179 quilômetros da costa do município de Oiapoque (AP). A estatal afirma todas as suas operações seguem "rigorosamente" as normas ambientais e de segurança. Os direitos exploratórios deste e de outros cinco blocos vizinhos foram adquiridos pela estatal em leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP), entre 2018 e 2020. O que está em discussão neste momento é a licença para perfuração, com o objetivo de averiguar o volume de petróleo disponível. A região é apontada como o "novo pré-sal".

Na expectativa para um esperado anúncio de uma nova política de preços da Petrobras, o consumidor brasileiro vai ganhar um alívio na conta de gás de cozinha. Segundo o ministro Paulo Pimenta, o preço do botijão cairá R$ 15 a partir da semana que vem.

A queda do petróleo no mercado internacional foi motivo de conversa entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o presidente Lula (PT), nessa quarta-feira (10). Além da queda no preço do gás, cujo botijão custa R$ 108, em média no Brasil, é possível que seja anunciada uma redução no valor da gasolina, que poderia chega a R$ 0,35 por litro.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Os contratos mais líquidos do petróleo avançaram, nesta sexta-feira (21), recuperando parte das perdas acumuladas na semana diante de preocupações com a demanda e uma possível recessão nas principais economias avançadas. Ainda assim, WTI e Brent fecham a semana no seu menor nível desde o anúncio dos cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+).

O petróleo WTI para junho fechou com ganho de 0,65% (US$ 0,50), a US$ 77,87 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho avançou 0,69% (US$ 0,56), a US$ 81,66 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI registrou queda de 5,63% e o Brent, de 5,39%.

##RECOMENDA##

Segundo a Capital Economics, nenhum evento específico motivou a queda nos preços do petróleo nesta semana, e sim as expectativas por mais altas de juros nos Estados Unidos e preocupações com a saúde da economia americana. A Capital aponta que este fatores se sobrepuseram ao crescimento da China acima do esperado neste início de ano e indicam que os preços ainda devem "titubear" no curto prazo. "Porém, no final deste ano, um cenário mais positivo nas principais economias e força contínua das exportações da China devem apoiar uma alta dos preços", projeta.

Com a queda na variação semanal, os contratos mais líquidos do petróleo passaram a ser cotados nos níveis mais baixos desde os cortes da Opep+, com o WTI operando em torno de US$ 77 e o Brent de US$ 81. Na visão da Oanda, o mercado parece ter concordado com a perspectiva da Opep+, apontando que o cartel teria tomado uma "suposição precisa" sobre a economia e demanda global ao anunciar os cortes na produção. Para a consultoria, os preços do petróleo não devem ser impulsionados novamente acima de US$ 100 o barril.

Já o Commerzbank afirma, em relatório, que o aperto projetado na oferta da commodity deve fazer os preços subirem no médio prazo.

A produção de petróleo da Petrobras cresceu 2,5% em agosto, para 2,638 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), sendo 2,045 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo, alta de 2,7% contra julho, e 94,2 milhões de metros cúbicos de gás natural (m3/d), um crescimento de 2% contra o mês anterior.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência sofreu um ataque cibernético no dia 4 de agosto e vem retomando gradualmente a normalidade na divulgação dos dados.

##RECOMENDA##

No total, o País produziu 3,966 milhões de barris de boe/d, alta de 3,9% contra julho, com 3,086 milhões de bpd de petróleo e 139,9 milhões de m3/d, alta de 4,2% e 3,2%, respectivamente.

O pré-sal contribuiu com 74,78% do total, somando 2,966 milhões de boe/d, sendo 2,340 milhões de b/d e 99,5 milhões de m3/d.

Pelotas de óleo cru foram encontradas neste domingo, 2 de outubro, em Tamandaré, Litoral Sul de Pernambuco. A substância possivelmente tem origem na lavagem de tanque de navio petroleiro, conforme nota técnica emitida por cientistas depois de episódio semelhante registrado em agosto, ao Norte da Região Metropolitana do Recife. 

Equipe de voluntários sob a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene-ICMBio) e Guarda Marítima da Prefeitura de Tamandaré estão recolhendo os resíduos da praia. O acidente aconteceu na área de atuação do Programa Ecológico de Longa Duração (PELD) Tamandaré Sustentável, vinculado à UFPE e ao CNPq. 

##RECOMENDA##

A coordenadora do PELD Tams, Beatrice Padovani Pereira, coletou amostras para análise no Departamento de Oceanografia da UFPE. Beatrice Padovani, professora titular do Departamento de Oceanografia da UFPE, lembra que em agosto, três anos depois do vazamento de petróleo que atingiu a costa nordestina, pelotas foram registradas o litoral pernambucano, mas só agora apareceram em Tamandaré, neste domingo, 2 de outubro. 

Os primeiros registros do evento atual são do dia 30 de setembro, em Alagoas. Em Pernambuco, as pelotas surgiram na praia no dia 2 de outubro.  Um grupo de pesquisadores elaborou uma nota técnica que explica o surgimento do óleo cru nas praias em 2022. Segundo o documento, assinado por especialistas de instituições de pesquisa da região, o evento não está relacionado ao desastre de 2019. 

“O óleo residual do acidente de 2019 eventualmente ressurge na praia, mas tem características diferentes das pelotas. É mais duro e não tem cracas, que se inscrustam no óleo quando ele está à deriva em alto-mar”, esclarece Beatrice.

*Da assessoria 

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, suspendeu decisão judicial que havia levado a uma mudança na partilha de royalties do petróleo a municípios do Rio. A ministra acolheu um pedido da prefeitura de Niterói, que citou, no processo, reportagem do Estadão sobre entidade que defende municípios neste mercado bilionário e é alvo de investigações.

A distribuição de royalties deu início a uma batalha de liminares. De um lado, estão Niterói e Maricá, dois dos maiores beneficiários dessa partilha no Rio. De outro, estão São Gonçalo, Guapimirim e Magé, municípios que pleitearam na Justiça o aumento de suas receitas, em uma ação movida contra a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP), responsável pela divisão da verba às prefeituras.

##RECOMENDA##

Como mostrou o Estadão, após a decisão, a ANP cumpriu a ordem judicial de Brasília e transferiu R$ 639 milhões que seriam repassados para Maricá e Niterói aos municípios de São Gonçalo, Guapimirim e Magé. Essas três prefeituras contrataram a Associação Núcleo Universitário de Pesquisas, Estudos e Consultoria (Nupec) e o escritório do advogado Djaci Falcão, filho do ministro do STJ Francisco Falcão, para ajuizar as ações contra a agência.

Segundo os contratos, eles recebem 20% em honorários relativos aos repasses decorrentes das decisões judiciais. Somente neste caso, o valor poderia chegar a mais de R$ 120 milhões.

O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) investigam contratos de prefeituras com a Nupec e seus associados. A entidade e seus parceiros moveram ações em nome de 15 municípios que geraram pagamentos de R$ 1,5 bilhão - somente em honorários, foram R$ 300 milhões.

PERDAS

Ao STJ, a prefeitura de Niterói afirmou que, com a mudança na distribuição dos royalties, as perdas chegariam, em 2022, a R$ 1 bilhão, "o que corresponderia a quase um quarto do orçamento do município para o corrente exercício, fixado em R$ 4,3 bilhões".

Na segunda-feira passada, a Procuradoria de Niterói, em manifestação no processo, disse que a reportagem do Estadão "dissecou o modus operandi dos advogados ligados à Nupec, revelando a magnitude do ‘esquema’ que engenharam para lograr, aos magotes, vultosas contratações com municípios que visam a engordar seus cofres com royalties e afins".

A Procuradoria ainda declarou que a reportagem expôs "babilônica dimensão da operação e o milionário faturamento" obtido por advogados "que atuam sob as vestes de ‘associação sem fins lucrativos’". Destacou, ainda, o "método para arregimentar influentes advogados para suas hostes".

LESÃO

No dia seguinte ao pedido de Niterói, a presidente do STJ determinou a suspensão das decisões liminares a favor das prefeituras até o trânsito em julgado, ou seja, até que sejam analisadas por todas as instâncias do Poder Judiciário.

Para a ministra, a prefeitura de Niterói demonstrou "concretamente, que a decisão impugnada causa grave lesão à ordem e à economia públicas, na medida em que interfere repentinamente na organização das suas políticas públicas, comprometendo a execução de serviços essenciais à população". Maria Thereza não fez menção à reportagem.

Antes da decisão da ministra, a Nupec rebateu, nos autos do processo, as acusações e afirmou que a Procuradoria de Niterói "consciente de que o melhor Direito não lhe assiste, decidiu partir para acusações levianas e ofensivas aos representantes judiciais dos municípios requeridos".

Segundo a Nupec, trata-se de prática antiética, "em incipiente tentativa de constranger os causídicos e, por consequência, o Judiciário". "Revela-se o caso mais claro de violação à boa-fé processual e lealdade entre as partes e deve ser de pronto rechaçada por essa Corte Superior", disse a Nupec.

ILEGAL

A entidade ainda afirmou que a redistribuição dos royalties não implica "risco de qualquer lesão à ordem econômica ou social ao rico município de Niterói". "Arregimentando de forma ilegal bilhões em royalties ao longo dos anos, a cidade com o maior IDH no Estado chegou a constituir Fundo de Investimento bilionário com as sobras de royalties do petróleo. Enquanto isso, municípios vizinhos vivem na penúria", declarou a entidade.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O homem mais rico do mundo, Elon Musk, pai de 10 filhos, pediu nesta segunda-feira (29) que as pessoas tenham "mais bebês" e também uma exploração maior do petróleo e gás natural.

"Acreditem em mim, a crise dos bebês é um grande problema", disse o magnata de 51 anos à imprensa em Stavanger, no sudoeste da Noruega, onde participava de uma palestra sobre energia.

Questionado sobre os grandes desafios do mundo, o fundador da fabricante americana de carros elétricos Tesla citou a transição energética, mas logo em seguida falou da taxa de natalidade, 'uma de suas preocupações favoritas, talvez menos conhecida".

Nas sociedades ocidentais, como em países muito populosos como a China, a taxa de natalidade está em queda, devido em grande parte ao envelhecimento da população.

"É importante que as pessoas tenham bebês suficientes para perpetuar a civilização", disse.

"Dizem que a civilização pode desaparecer com um estrondo ou com um gemido. Se não tivermos filhos suficientes, morreremos com um gemido (usando) fraldas para adultos. Será deprimente", acrescentou.

"Sim, façam mais bebês", concluiu.

Divorciado três vezes, Musk é pai de 10 filhos, dos quais um morreu com 10 semanas de vida. Outra filha, uma menina transgênero, apresentou recentemente uma solicitação oficial para mudar de sobrenome e de gênero e cortar todos os vínculos com seu pai.

A imprensa dos Estados Unidos revelou recentemente que ele teve gêmeos em novembro com uma diretora da Neuralink, semanas antes do nascimento de Exa Dark Sideræl Musk, que teve com a cantora Grimes.

O magnata, que chegou em Stavanger em um jato privado, estimou que o planeta ainda precisa de fontes de energia fósseis.

"Acho que, de forma realista, precisamos usar petróleo e gás no curto prazo, porque senão a civilização desmoronaria", afirmou, "especialmente nesses dias com as sanções contra a Rússia".

"No momento seria justificável explorar mais" hidrocarbonetos na Noruega, estimou.

Pelo menos 1 pessoa morreu, 121 ficaram feridas e 17 estão desaparecidas após a explosão de dois tanques de combustível na cidade de Matanzas, no oeste de Cuba, onde a ansiedade continua por conta do fogo que ainda não foi contido. Entre os feridos está o ministro de Minas e Energia, Liván Arronte.

O diretor de Saúde de Matanzas, Luis Wong, afirmou em uma entrevista coletiva que um corpo foi recuperado do local do acidente e os especialistas o estão identificando. Ele acrescentou que dos 121 feridos, quase todos por queimaduras, 85 tiveram alta, 36 estão internados, dos quais 5 estão em estado crítico. Da mesma forma, 17 pessoas são consideradas desaparecidas.

##RECOMENDA##

Os feridos são, em maioria, integrantes das equipes de resgate e de extinção das chamas, além de dois jornalistas que atuavam na cobertura do incidente. Os 17 desaparecidos são "bombeiros que estiveram na área mais próxima" do incêndio, segundo a presidência, acrescentando que "Cuba solicitou ajuda e conselhos de países amigos com experiência na questão do petróleo".

A resposta veio rapidamente. "Expressamos profunda gratidão aos governos do México, Venezuela, Rússia, Nicarágua, Argentina e Chile, que prontamente ofereceram ajuda material solidária diante desta situação complexa", disse o presidente Miguel Díaz-Canel no Twitter. "Também agradecemos a oferta de consultoria técnica dos EUA", acrescentou. O vice-chanceler Carlos Fernández de Cossío disse que a proposta americana "já está nas mãos de especialistas para a devida coordenação".

Díaz-Canel comentou que a extinção do incêndio "pode levar tempo", enquanto o diretor de Comércio e Abastecimento do Estado Cuba-União Petrolífera (Cupet), Asbel Leal, especificou que o país nunca enfrentou um incêndio dessa magnitude.

O fogo começou na tarde de sexta-feira quando um raio atingiu um dos tanques do depósito localizado nos arredores de Matanzas, cerca de 100 quilômetros a leste de Havana, às 19h, horário local. Às 5h deste sábado, o fogo atingiu um segundo tonel.

Mario Sabines Lorenzo, governador de Matanzas, afirmou que cerca de 800 pessoas foram retiradas da região.

Falha no para-raios

"Aparentemente houve uma falha no sistema de para-raios, que não suportou a energia da descarga elétrica", indicou o Granma. Danger Ricardo, um soldador de 37 anos que trabalha no local, não sabe explicar como o sistema falhou.

Os dois tanques abastecem a termelétrica Antonio Guiteras, a maior de Cuba, mas o bombeamento para essa usina não parou, acrescentou Granma.

Dois helicópteros começaram a trabalhar para apagar o fogo na manhã de sábado em frente à baía de Matanzas, uma cidade de 140 mil habitantes. Bombeiros exaustos se reuniam do lado de fora da usina esperando para procurar seus colegas que não puderam sair após a segunda explosão.

O incêndio ocorre em meio a dificuldades enfrentadas desde maio na ilha para atender ao aumento da demanda por energia devido ao calor do verão (Hemisfério Norte).

A obsolescência de suas oito usinas termelétricas, danos, manutenções programadas e falta de combustível dificultam a geração de energia.

Desde maio, as autoridades programam apagões de até 12 horas por dia em algumas regiões do país. Desde então, houve 20 protestos em cidades do interior da ilha. (Com agências internacionais)

O premiê do Japão disse nesta segunda-feira (9) que eliminará gradualmente e, eventualmente, proibirá a importação de petróleo russo, revertendo sua posição anterior após uma reunião dos líderes do G-7. "O Japão depende de importações para a maioria de seus recursos energéticos, então esta é uma decisão muito difícil, mas agora a unidade do G-7 é mais importante do que qualquer outra coisa", disse o primeiro-ministro Fumio Kishida. "Decidimos, em princípio, proibir as importações de petróleo russo".

Kishida participou de uma videoconferência de líderes dos países do G-7 no domingo (8) para discutir sanções à Rússia e outras questões relacionadas à Ucrânia. O país asiático ainda não decidiu com que rapidez eliminará as compras ou quando a proibição total entrará em vigor, disse Kishida.

##RECOMENDA##

O Japão depende mais do gás natural russo do que do petróleo de Moscou. Kishida disse que a proibição de importação planejada se aplica, por enquanto, apenas ao petróleo porque o gás natural não foi especificamente mencionado na declaração do G-7, mas sugeriu que as importações de energia poderiam ser ainda mais reduzidas se o G-7 assim o exigir. Fonte: Dow Jones Newswires.

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode afetar a produção do café no Brasil e torná-lo em um artigo de luxo no país. Isso porque os países em guerra exportam fertilizantes a base de petróleo e o conflito entre os países da Europa dificulta a importação brasileira dos produtos necessários para a produtividade do café.

O alerta foi feito pelo produtor Carlos Alberto Coutinho Filho em entrevista ao CB.Agro. "Se a situação continuar, teremos uma redução da oferta dos produtos. Os países que estão em guerra exportam fertilizantes a base de petróleo, e isso acarreta na dificuldade de importação brasileira desses mesmos produtos. O resultado disso é o aumento de preços, a diminuição da produtividade e, consequentemente, da produção", declarou.

##RECOMENDA##

Esse risco deve ser melhor observado a partir de outubro, mês limite dado pelos especialistas para a duração do estoque do insumo disponível no Brasil. A crise dos fertilizantes também deve atingir outros produtos agrícolas. 

"O ciclo do café é anual no Brasil: começa em maio e termina em agosto. É um período que consome fertilizante. Mas o período que mais se utiliza é logo depois da colheita, que estará no limite do estoque. Vamos depender do futuro e das questões da guerra", observa Carlos Alberto.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fará nesta quarta-feira uma polêmica visita à Arábia Saudita para conversar sobre petróleo, depois de pedir aos países ocidentais que acabem com seu "vício" em hidrocarbonetos russos em meio à guerra da Ucrânia.

Johnson se reunirá primeiro em Abu Dhabi com o governante dos Emirados Árabes Unidos, Xeique Mohammed bin Zayed, e depois na Arábia Saudita com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, na esperança de convencê-lo a aumentar a produção de petróleo.

Os países do G7, do qual o Reino Unido faz parte, pediram na semana passada aos produtores de petróleo e gás que "aumentem suas entregas" para lidar com o aumento dos preços da energia devido à guerra na Ucrânia e às sanções impostas à Rússia.

De acordo com Downing Street, as negociações se concentrarão em "esforços para melhorar a segurança energética e reduzir a volatilidade dos preços da energia e dos alimentos que afetam as empresas e os consumidores britânicos", que já enfrentam o aumento do custo de vida, "bem como a estabilidade regional" no Oriente Médio.

Em um editorial publicado no jornal conservador Daily Telegraph nesta terça-feira, Johnson disse que os líderes ocidentais cometeram um "terrível erro" ao permitir que o presidente russo, Vladimir Putin, "se safasse" após a anexação da Crimeia em 2014 e ao aumentar sua dependência em óleo e gás da Rússia.

"Quando Putin finalmente iniciou sua cruel guerra na Ucrânia, ele sabia que o mundo teria muita dificuldade em puni-lo. Ele sabia que havia criado um vício", disse Johnson.

"O mundo não pode se submeter a essa chantagem contínua", acrescentou, pedindo que o "vício" termine agora.

- Execução de 81 condenados -

Os Estados Unidos e o Reino Unido decidiram parar de importar petróleo russo, enquanto a União Europeia, muito mais dependente, planeja cortar suas compras de gás de Moscou em dois terços este ano.

Afirmando que a Rússia de Putin não produz "praticamente nada mais" que o "resto do mundo queira comprar", Johnson argumentou que "se o mundo puder romper sua dependência do petróleo e gás russos, podemos tirar seu dinheiro, destruir sua estratégia".

Sua visita à Arábia Saudita se enquadra exatamente nesse contexto, explicou a repórteres nesta terça-feira.

"Se quisermos resistir à intimidação de Putin, se quisermos evitar ser chantageados como tantos países ocidentais infelizmente foram, devemos dar as costas aos hidrocarbonetos russos", insistiu.

Isso significa "conversar com outros produtores ao redor do mundo", acrescentou, e "construir a coalizão mais forte e ampla possível" contra a Rússia.

A viagem foi fortemente criticada por ativistas de direitos humanos, especialmente após a execução de 81 pessoas no corredor da morte na Arábia Saudita no sábado.

Johnson também deve apresentar nas próximas semanas a estratégia de segurança energética do governo, focada em energias renováveis e na extração de petróleo e gás do Mar do Norte, que ajudaria a reduzir a dependência energética do Reino Unido e cumprir seu objetivo de zero emissões líquidas de carbono até 2050.

A guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar no bloqueio do petróleo russo pelos Estados Unidos, que já fez o anúncio, e o combustível no Brasil pode chegar a R$ 15 ou a um possível desabastecimento, como afirma especialista. 

Atualmente, a defasagem nos preços praticados pela Petrobras é estimada em cerca de 40% para diesel e gasolina. A previsão é de que os estoques das estatais estão acabando, mesmo com produção nacional. Cerca de 30% do mercado interno depende da importação feita pelas firmas privadas e pela Petrobras, que é justamente o que depende do preço internacional do combustível. 

##RECOMENDA##

“Minha preocupação não é a gasolina a R$ 12 o litro, minha preocupação hoje é o desabastecimento”, afirmou o sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, à GloboNews. As informações são que dentro do governo há quem fale que a gasolina pode chegar a R$ 15 o litro, afirma o g1. 

[@#video#@]

Para que os preços sejam amortizados, é preciso aprovar um subsídio, que pode custar milhões aos cofres públicos, ou a Petrobras demorar mais tempo para ajustar os preços, o que já está acontecendo, haja vista que a empresa não anuncia reajuste há 55 dias. 

O bloqueio dos Estados Unidos faz com que a compra de petróleo russo, como algumas instituições financeiras afirmam, possa ultrapassar US$ 150, como o barril de petróleo tipo brent, por exemplo. O impacto no Brasil seria diretamente na inflação. 

O alto reajuste pode levar diretamente à derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), já que estamos em ano eleitoral. 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (8) a proibição da compra de petróleo e gás da Rússia por conta da invasão na Ucrânia, confirmando as especulações divulgadas pela imprensa norte-americana.

"Essa é uma decisão bipartidária e nós não vamos mais subsidiar o governo de [Vladimir] Putin", disse Biden em pronunciamento afirmando que a decisão foi tomada em "estreita consulta" com os países aliados.

##RECOMENDA##

No entanto, o presidente reconheceu que algumas nações europeias "não podem tomar a mesma decisão" no momento e que continua a apoiar que todos façam as melhores escolhas para punir a Rússia.

"Os Estados Unidos sozinhos conseguem produzir mais petróleo do que todos os europeus juntos", acrescentou, reafirmando que a união dos governos internacionais continua a existir mesmo com a impossibilidade de aplicação das mesmas regras.

Além disso, Biden confirmou que os EUA vão liberar 60 milhões de barris de petróleo que estão em estoque para "garantir que o fornecimento de energia global continue" e que metade desse montante vai ficar para o país conseguir manter preços.

“Putin já está afetando a vida dos norte-americanos com o preço dos combustíveis", pontuou ainda, dizendo que o governo vai fazer de tudo para ajudar a conter os valores e negando a história de que Washington está freando a produção nacional de petróleo para focar em outras matrizes energéticas mais sustentáveis.

"Os Estados Unidos produziram mais petróleo no meu primeiro ano do que no primeiro ano do meu antecessor e 90% do petróleo produzido aqui não é de propriedade do governo. [...] Mas, eu não vou voltar atrás nas medidas de energia mais limpa. Vamos usar o dinheiro do contribuinte substituindo o que ele usa, por exemplo, nos carros elétricos. Daqui a algum tempo, ninguém mais vai se preocupar com o preço da gasolina", disse ainda.

Boa parte do discurso de Biden foi usada para relembrar as sanções já aplicadas por norte-americanos e europeus contra o governo de Putin, classificadas por Biden como "o maior pacote de sanções da história" contra um único país.

O democrata lembrou do derretimento do valor do rublo, "que hoje vale menos que um centavo de dólar"; das punições contra oligarcas que tiveram "barcos, iates e apartamentos de centenas de milhões de dólares apreendidos, como vocês viram em matérias da TV"; e das empresas que optaram por deixar a Rússia desde que o conflito começou "sem que nem precisássemos pedir por isso".

"A Ucrânia não vai ser uma vitória para Putin. Ele pode conseguir tomar uma cidade, mas nunca vai tomar um país. Faço um apelo ainda para que o Congresso aprove rapidamente o nosso pacote bilionário para ajudar o povo ucraniano. Preciso elogiar mais uma vez a bravura do povo ucraniano defendendo sua liberdade", afirmou ainda ressaltando que a "Ucrânia vem inspirando o mundo com sua coragem e com sua bravura pra defender a liberdade nessa guerra de Putin".

Lamentando as mortes de civis e os ataques contra escolas, hospitais e apartamentos residenciais, Biden pontuou que "estão morrendo russos também", mas "Putin parece determinado de seguir no caminho da morte".

Reações e ações anteriores - Já com as especulações de que os EUA tomariam essa medida, o preço do barril de petróleo brent disparou e estava na faixa dos US$ 130 antes do pronunciamento, em valor que deve continuar a subir.

A gigante britânica Shell anunciou nesta terça-feira que também planeja se retirar da Rússia "gradualmente". A União Europeia também devem anunciar medidas mais duras nesse sentido.

Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, quase ao mesmo tempo do discurso de Biden, anunciou que o governo vai se empenhar em "reduzir para zero" o fornecimento de gás e petróleo russos até o fim de 2022.

Diferentemente de outros países continentais da Europa, a ilha britânica importa pouco combustível fóssil russo porque consegue suprir quase toda a sua necessidade com petróleo e gás local.

Por outro lado, a Rússia, maior produtora de petróleo no mundo, ameaçou cortar o fornecimento para a Europa via o gasoduto Nord Stream 1 - cerca de 40% do petróleo consumido pelos europeus vem dos russos e 30% do gás natural. Já o plano do Nord Stream 2, que dobraria a capacidade de fornecimento de gás do país para o Velho Continente, virou pó.

O novo pacote de punições por conta da invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, atinge uma área especialmente estratégica de Moscou, que depende muito financeiramente dos combustíveis fósseis para manter sua economia forte.

Os pacotes anteriores miraram mais no congelamento de bens e dinheiro do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de seu chanceler, Sergei Lavrov, e de oligarcas e empresas ligadas ao mandatário e ao governo. Além disso, focaram em afetar as negociações dos bancos russos no sistema internacional Swift, e no congelamento dos montantes do Banco Central do país no exterior.

Com isso, diversas grandes empresas multinacionais anunciaram sua saída temporária ou definitiva da Rússia.

As medidas, além de isolarem Moscou de maneira aguda, afetaram duramente a vida dos civis, que saíram correndo para sacar dinheiro dos bancos. O rublo se desvaloriza em patamares recordes - chegando a bater 154 rublos por dólar - e o poder de compra também diminuiu com as principais bandeiras de cartão de crédito encerrando operações no país.

No entanto, essas medidas têm também efeito contrário, derrubando as bolsas de valores pelo mundo e fazendo aumentar ainda mais o preço dos combustíveis de maneira global.

Da Ansa

A Shell anunciou nesta terça-feira (8) planos de gradualmente abandonar operações de petróleo e gás natural na Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia por forças russas. De imediato, a petrolífera britânica está interrompendo todas as compras à vista de petróleo bruto russo e não renovará mais contratos com o país. Em comunicado, a empresa disse que fechará seus postos de serviços e encerrará as operações de combustíveis de aviação e lubrificantes na Rússia.

Além disso, a Shell irá alterar sua rede de fornecimento de petróleo de modo a retirar os volumes russos do produto o mais rápido possível. A petrolífera ressaltou, porém, que essa iniciativa pode demorar semanas, a depender da localização física e disponibilidade de alternativas.

##RECOMENDA##

A Shell disse também que abandonar os produtos russos de forma gradual será um desafio complexo e que mudar essa parte do sistema energético exigirá esforços coordenados de governos, fornecedores de energia e clientes.

A empresa também se desculpou por ter comprado uma carga de petróleo bruto russo na semana passada e prometeu destinar os lucros dos volumes russos restantes que ainda processará para um fundo voltado para aliviar a crise na Ucrânia.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando