Guarulhos: 8 casos de microcefalia investigados

Mosquito Aedes aegypti é o mesmo que transmite Chikungunya e a Dengue, que já tem o dobro do número de casos em 2016

ter, 07/06/2016 - 12:01
Comparação da circunferência da cabeça de um bebê normal e um com microcefalia Reprodução Comparação da circunferência da cabeça de um bebê normal e um com microcefalia

Guarulhos registra 947 casos de dengue no primeiro semestre de 2016. No mesmo período do ano passado, a cidade já contava com mais de 2 mil casos confirmados da doença (índice de 175 infectados para cada 100 mil habitantes). A Secretaria de Saúde do município declarou emergência à época e pediu ajuda do governo federal, que enviou as forças armadas para ajudar a conter o avanço da doença.

Porém, o número de casos registrados este ano é o dobro de 2014 (ano em que não houve surto da doença). O dado preocupa porque o mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti, é o mesmo que transmite a Febre Chikungunya e o Zika, responsável pela microcefalia. Até agora são 8 casos de bebês nascidos com a má-formação que estão sendo investigados na cidade. Os dados são da Secretaria de Saúde, que tem que cumprir o protocolo de notificação instituído pelo Ministério da Saúde.

Nesta segunda-feira (6), a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) publicou resolução que torna obrigatória a cobertura do teste do Zika por planos de saúde. O valor do teste chega a R$1.600,00 para quem não possui convênio. Os planos têm 30 dias para se adequar à exigência.

Em nota, a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) que representa as operadoras de convênios médicos, emitiu parecer favorável à medida que será implementada antes do previsto (quando aprovada, o prazo era de 2 anos para vigência, ou seja, junho de 2018), já que estas doenças demandam urgência das autoridades de saúde. Na mesma nota, a entidade destaca ainda que é preciso conduzir os exames de acordo com os protocolos científicos a fim de evitar desvios e que não há alterações na conduta clínica do paciente já que ainda não existe método 100% eficaz para prevenção da doença.

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