Réu em acidente com ciclovia é nomeado por Crivella
O engenheiro civil Fabio Lessa Rigueira responde ao processo de homicídio culposo, sobre a morte de duas pessoas no desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia, em 2016
Foi publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro desta sexta-feira (23), a nomeação de Fabio Lessa Rigueira para o cargo de presidente da Empresa Municipal de Urbanização – RioUrbe, que é responsável pelo gerenciamento da urbanização, conservação, manutenção preventiva e obras públicas.
O engenheiro civil responde ao processo de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela morte de duas pessoas no desabamento da Ciclovia Tim Maia, em 2016. Outras 15 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) no mesmo processo.
Nomeado pelo prefeito Marcelo Crivella, Fábio Lessa Rigueira foi diretor da Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio), na época do acidente. Segundo o MPRJ, ele era encarregado pela fiscalização do projeto.
No mês passado, um outro trecho da estrutura, localizado em São Conrado, afundou por conta de uma forte chuva. Em janeiro, a Prefeitura do Rio também tinha feito reparos na obra porque barras de metal que compunham a estrutura foram arrancadas e furtadas, o que poderia causar novos acidentes.
Desabamento
Ao custo de R$ 44 milhões, a ciclovia que liga o bairro do Leblon a São Conrado, na Zona Sul do Rio, beirando o mar, é uma das obras de mobilidadade parte do legado olímpico. No acidente morreram Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos.
De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), a queda de parte da estrutura foi causada por falha de projeto. As primeiras audiências sobre o caso foram realizadas no ano passado, pela 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
As investigações apontaram que a empresa Concremat, responsável pela construção da ciclovia, pertencia à família do ex-secretário de Turismo da cidade do Rio, Antônio Pedro Viegas Figueira de Mello.