Justiça nega Habeas Corpus de suspeitos de morte de médico

Mãe e filho seguem presos por mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio

qui, 12/07/2018 - 12:30
Reprodução/Facebook Denirson Paes da Silva (esquerda), Jussara Rodrigues da Silva Paes e Danilo Paes Reprodução/Facebook

O presidente da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Antônio de Melo e Lima, indeferiu o Habeas Corpus (HC) que pedia a soltura de Jussara Rodrigues da Silva Paes e Danilo Paes. Mãe e filho são suspeitos de assassinar o médico Denirson Paes da Silva. Com o indeferimento do Habeas Corpus, mãe e filhos continuam presos devido a um mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio.

Na última terça-feira (10), a Polícia Civil realizou uma coletiva divulgando que o resultado de DNA apontou que os restos mortais encontrados em uma cacimba do condomínio de luxo Torquato Castro, em Aldeia, são do médico. O corpo de Dernirson foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família. O resultado do teste de DNA levou quatro dias para ficar pronto e foi realizado pelo Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC).

Três fragmentos do corpo foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros na quarta-feira (4) e o resto na terça-feira (10). A polícia diz não haver dúvidas de que o corpo foi esquartejado e ocultado.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque Jussara demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

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