Estado Islâmico mata mais de 200 em região da Síria
Os ataques coordenados incluíram diversos atentados suicidas que abalaram a calma de uma região até então isolada da violência causada pela guerra
Combatentes do Estado Islâmico emboscaram uma cidade e várias aldeias no sul da Síria nesta quarta-feira, 25, provocando confrontos entre moradores e militantes que deixaram ao menos 204 pessoas mortas, segundo autoridades de saúde da província de Sweida.
Os ataques coordenados pela região incluíram diversos atentados suicidas que abalaram a calma de uma região até então isolada da violência causada pela guerra. Aparentemente, as ações de homens-bomba foram programadas para coincidir com as investidas no interior, criando caos em toda a região.
Ao anoitecer, a diretoria de saúde provincial havia registrado 204 mortos e 180 feridos, segundo o funcionário Hassan Omar. O número marca o dia mais sangrento em Sweida desde a revolta nacional em 2011, que desencadeou a guerra civil em curso.
O sultão Bou Ammar, morador da vila de Shbiki, disse que alguns habitantes abriram suas portas inadvertidamente quando os militantes chegaram durante a madrugada. O ataque foi inesperado. "Eles sequestraram mais de 40 pessoas, todas elas mulheres ou crianças", afirmou.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ao menos 183 pessoas foram mortas, incluindo 94 moradores que faziam parte das milícias de defesa locais, apoiadas pelo governo. Além dessas, ao menos 45 militantes do Estado Islâmico também morreram.