Tunísia acolherá 40 migrantes bloqueados em barco

O capitão ainda não recebeu a autorização para atracar no porto de Zarzi, mas "isso não vai demorar, após o anúncio do chefe de governo"

sab, 28/07/2018 - 19:36
FETHI BELAID O primeiro-ministro tunisiano, Yussef Chahed FETHI BELAID

As autoridades tunisianas decidiram, "por razões humanitárias", acolher os 40 migrantes resgatados por um navio comercial, sem acesso para atracar na costa de Zarzis há duas semanas.

"Por razões humanitárias, acolheremos os 40 migrantes", anunciou neste sábado à noite o primeiro-ministro Youssef Chahed, em plenária no Parlamento dedicada a uma moção de confiança dirigida ao ministro do Interior.

O "Sarost 5", um navio de abastecimento com bandeira tunisiana, espera há duas semanas perto de Zarzis.

"Apesar do atraso na hora de tomar a decisão, estamos contentes e aliviados", reagiu o capitão da embarcação, Ali Hajji, acrescentando que os migrantes - entre eles duas grávidas - "estão muito cansados e querem chegar à Tunísia".

O capitão ainda não recebeu a autorização para atracar no porto de Zarzi, mas "isso não vai demorar, após o anúncio do chefe de governo".

Oriundos da África Subsaariana e do Egito, os migrantes partiram da Líbia a bordo de um bote inflável, mas ficaram perdidos no mar por cinco dias até que o navio "Caroline III", enviado pelo centro de socorro de Malta, encontrasse o grupo.

O navio entrou em contato com as Guardas Costeiras da Itália, da França e de Malta, que "se recusaram a acolher os resgatados, alegando que os portos mais próximos estavam na Tunísia", lamentaram várias ONGs tunisianas em um comunicado.

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