A inundação matou 10 pessoas e foi causada pelas fortes chuvas de verão que atingiram a região KONTROLAB/AFP

Um socorrista que trabalhara na busca por sobreviventes após a avalanche sobre o hotel Rigopiano, na Itália, é um dos 10 mortos na torrente que atingiu um grupo de excursionistas na região da Calábria, extremo-sul do país, na última segunda-feira (20).

Antonio De Rasis, 32 anos, foi voluntário da Proteção Civil nos trabalhos de busca realizados em janeiro de 2017, depois de um deslizamento de terra ter devastado o Rigopiano, hotel situado nas montanhas de Abruzzo.

A tragédia, fruto da sequência sísmica na Itália Central, deixou 29 pessoas mortas. De Rasis era o guia do grupo atingido por uma súbita cheia do curso d'água Raganello, no Parque Nacional do Pollino, enquanto excursionava pelas grutas de um cânion.

A inundação matou 10 pessoas e foi causada pelas fortes chuvas de verão que atingiram a região na segunda-feira e surpreenderam os excursionistas. "Antonio era um garoto que prestava com abnegação e grande espírito de sacrifício sua atividade no setor de excursionismo e no voluntariado da Proteção Civil", comentou Antonio Carlomagno, prefeito de Cerchiara, cidade natal do guia.

As vítimas da torrente são de cinco regiões da Itália: Campânia, Lazio, Lombardia e Puglia, além da própria Calábria. Segundo o ministro do Meio Ambiente do país, Sergio Costa, não deve haver mais pessoas desaparecidas.

O Ministério Público abriu uma investigação por homicídio e lesões culposos e omissão de atos de ofício, mas ainda sem suspeitos. 

Da Ansa