Malásia escolhe novo monarca após abdicação do rei
A abdicação de Muhamad V, algo histórico, provocou uma comoção no país do sudeste asiático, de maioria muçulmana
As famílias reais da Malásia nomearam nesta quinta-feira (24) o novo soberano do país, um apaixonado por esportes, após a inesperada abdicação do monarca anterior, que segundo boatos teria casado com uma russa vencedora de concursos de beleza.
A abdicação de Muhamad V, algo histórico, provocou uma comoção no país do sudeste asiático, de maioria muçulmana.
O palácio real fez o anúncio em 6 de janeiro, após semanas de especulações sobre a ausência do rei, oficialmente por motivos de saúde, e de boatos sobre um casamento com uma ex-miss russa.
De acordo com a imprensa russa e britânica, o casamento com a ex-miss Moscou teria acontecido na capital da Rússia. O novo monarca, o sultão Abdullah, 59 anos, é atualmente presidente da Federação Asiática de Hóquei e integrante do conselho diretor da Fifa.
Apaixonado por polo, estudou no Reino Unido na prestigiosa academia militar de Sandhurst, segundo a agência malaia Bernama. O novo soberano foi eleito durante uma reunião especial das famílias reais da Malásia convocada para esta quinta-feira.
O sultão Abdullah "foi escolhido como o 16º Yang di-Pertuan Agong (rei) para um período de cinco anos a partir de 31 de janeiro de 2019", afirma um comunicado oficial.
A Malásia é, desde sua independência do Reino Unido em 1957, uma monarquia constitucional regida por um sistema inabitual: o rei muda a cada cinco anos e é escolhido entre as famílias reais dos antigos reinos.
Agora era a vez da família real do estado de Pahang (leste), mas o seu sultão tem idade avançada. Este decidiu abdicar em favor de seu filho Abdullah, o que permitiu ao Conselho Real designá-lo como novo rei.
O ex-monarca, Muhamad V, que permanece como o sultão do estado de Kelatan, foi o único ausente no conselho.
Embora tenha um papel essencialmente protocolar, a figura do rei é muito respeitada na Malásia e qualquer crítica ao monarca é proibida.