Bebê prematuro morre ao ser jogado da janela pela mãe
O corpo da recém-nascida ainda estava com cordão umbilical quando os moradores do condomínio o encontraram
Uma mulher, de 22 anos, foi presa em flagrante após jogar a filha recém-nascida do segundo andar de um prédio em um condomínio na Zona Leste de Mossoró, localizado a 281 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A bebê, que nasceu prematura de sete meses, ainda estava com cordão umbilical quando foi encontrada por moradores, no último domingo (17).
O diretor do Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep), Marcos Brandão, explicou a TV Ponta Negra que a "prova de Galeno", exame que identifica se a criança respirou quando nasceu, deu positivo, o que comprova que ela estava viva e teria morrido com o impacto da queda. "Ela nasceu com vida", afirmou. Os exames do Itep não demonstraram asfixia, "o que foi verificado foram lesões traumáticas decorrentes realmente da queda. O chão acaba sendo instrumento contundente", declarou.
Segundo publicado pelo portal OP9, a mãe - identificada como Emily Karoline Farias Barbalho - confessou à polícia ter jogado a criança por acreditar que ela estava morta. Ela afirmou que fez tudo sozinha. Entretanto, as autoridades suspeitam que outra pessoa estava presente no local. Nessa terça-feira (19) a Polícia Civil anunciou que o corpo vai ser submetido a exame de DNA, essencial para a conclusão das investigações.
Marcos Brandão contou que esse tipo de caso configura no direito penal de "infanticídio". O diretor também explicou que a caracterização vem pelo fato da acusada ser a própria mãe, mas a confirmação depende de exames que comprovem alguma alteração psicológica.
O advogado Otoniel Maia Júnior deve trabalhar em cima dessa tese: de que ela estava sob alteração psíquica causada pelo estado puerperal, momento após o parto quando a mulher, geralmente, sofre intensas alterações físicas e psicológicas. A mãe foi autuada por homicídio qualificado e já está na penitenciária feminina no Centro Penal Doutor Mário Negócio, onde aguarda decisão da Justiça.