Arábia Saudita substitui seu embaixador nos EUA
Esta troca na representação diplomática ocorre enquanto as relações bilaterais se encontram sob uma forte tensão devido ao assassinato de Khashoggi, ocorrido no consulado saudita em Istambul, na Turquia
A Arábia Saudita anunciou neste sábado (23) a assinatura de um decreto real sobre a substituição de seu embaixador nos Estados Unidos, em um momento em que o escândalo sobre o homicídio do jornalista Jamal Khashoggi põe à prova as relações dos dois aliados.
A princesa Rima Bint Bandar foi nomeada a nova embaixadora saudita em Washington no lugar do príncipe Khalid bin Salman, que foi nomeado novo vice-ministro da Defesa.
O ex-embaixador é irmão caçula do príncipe-herdeiro da coroa saudita, Mohamed bin Salman.
Esta troca na representação diplomática ocorre enquanto as relações bilaterais se encontram sob uma forte tensão devido ao assassinato de Khashoggi, ocorrido no consulado saudita em Istambul, na Turquia.
Legisladores americanos chegaram a ameaçar com medidas duras a Arábia Saudita depois do crime, em meio a alegações sobre a responsabilidade do próprio príncipe-herdeiro.
O governo saudita negou enfaticamente qualquer responsabilidade no crime.
O ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al Jubeir, assegurou em Washington que apontar o príncipe-herdeiro com relação ao assassinato de Khashoggi era cruzar uma "linha vermelha" (um limite).
Em fevereiro, a Câmara de Representantes do Congresso americano aprovou uma moção para pôr fim à participação de Washington nos esforços militares da Arábia Saudita no Iêmen.
Enquanto isso, no Senado americano legisladores democratas e republicanos apresentaram um projeto de lei para proibir certas vendas de armas à Arábia Saudita, devido ao caso Khashoggi, mas também pelo controverso papel de Riad na guera no Iêmen.