Nessa quinta-feira (13), cerca de uma tonelada de maconha e um quilo de haxixe foram destruídos pela Polícia Federal em uma fazenda, na Zona Rural do município de Floresta, Sertão de Pernambuco. A suspeita é que o entorpecente abasteceria a Região Metropolitana do Recife (RMR) e outros estados do nordeste no Carnaval.

O entorpecente estava pronto para consumo e foi distribuído em 50 sacos para facilitar o transporte. Somados, totalizavam uma tonelada e trinta quilos da erva.

No decorrer da Operação Muçambé, um invólucro com um quilo de haxixe também foi localizado. As autoridades classificam o entorpecente como uma espécie de 'maconha potencializada’. "Nela existe um THC muito concentrado, o que se torna muito mais perigosa para o usuário", destacou o chefe de comunicação da PF, Giovani Santoro. Todo material foi incinerado na própria Fazenda Pacheco.

Mesmo com o êxito da apreensão, não houveram prisões. "Ninguém foi preso e isso é natural. Quando as autoridades montam essas operações são realmente uma estrutura de guerra com carros, helicópteros e os botes para ir pelos rios. Então é natural que pessoas digam aos agricultores sair do local", explicou Santoro.

A incidência das operações com foco na erradicação de maconha ainda durante o plantio, sobretudo no Sertão do Estado, fez a PF perceber uma movimentação diferente do tráfico para abastecer Pernambuco. Isso porque houve um aumento no número das apreensões da erva importada do Paraguai.



Após reforçar o trabalho de contenção feito nas fronteiras do Brasil, o representante esclareceu que a procedência paraguia é percebida devido a forma de prensagem da droga. "Se eles tão buscando maconha no Paraguai, é realmente um indicativo de que não está fácil a oferta de maconha aqui no Sertão", concluiu.