Protestos deixam 13 mortos e 150 feridos em Nova Délhi
As manifestações, que ocorrem desde domingo (23), coincidiram com a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Índia
Treze pessoas morreram e pelo menos outras 150 ficaram feridas em protestos em Nova Délhi nesta terça-feira (25). As manifestações, que ocorrem desde domingo (23), coincidiram com a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Índia, onde foi recebido com pompa pelo primeiro-ministro Narendra Modi. Em Mumbai, principal centro financeiro indiano, também houve manifestações contra a visita do americano, chamado de "imperialista".
Os protestos levaram às ruas os partidários da nova lei de cidadania, aprovada em dezembro, e os que a criticam, o que resultou em confrontos entre hindus e muçulmanos. Desde o fim do ano passado, há protestos contra a mudança, mas eles eram majoritariamente pacíficos.
A mudança na lei concede nacionalidade indiana a minorias religiosas - como cristãos, budistas, hindus, parsis, sikhs e jains -, que, por sofrerem perseguição, tenham fugido dos vizinhos Paquistão, Bangladesh e Afeganistão - de maioria islâmica - e estejam em solo indiano há mais de cinco anos. No entanto, há muçulmanos perseguidos em Mianmar que ficaram de fora da medida.
A mudança na lei, que segundo os críticos é parte da agenda nacionalista do primeiro-ministro Narendra Modi - o que ele nega - provocou semanas de protestos nas principais cidades da Índia, como Mumbai, Calcutá, Bangalore e Hyderabad.
A Índia tem 1,3 bilhão de habitantes - dos quais 1 bilhão são hindus, 200 milhões são islâmicos e o restante compõe minorias religiosas. A Constituição indiana prevê que o país deve ser um Estado laico. (Com agências internacionais)