Prostitutas na Alemanha pedem reabertura de bordéis
Entre as medidas rigorosas para conter o coronavírus, a Alemanha mandou fechar os bordéis
Várias trabalhadoras do sexo protestaram nesta sexta-feira (3) em frente à câmara alta do parlamento da Alemanha para exigir a reabertura dos bordéis, fechados há quase quatro meses devido à pandemia de coronavírus.
A Alemanha adotou medidas rigorosas para tentar conter a propagação do vírus que causou mais de 9.000 mortes no país, entre elas o fechamento dos bordéis, em um país onde a prostituição é legal e regulamentada pela lei.
As manifestantes, com uma boneca inflável vestida com uma camisola vermelha, seguravam faixas que diziam "Abram os bordéis agora!" ou "Nosso setor está forçado à ilegalidade" diante do Bundesrat, que representa as regiões e tem competência em questões de saúde.
A federação de serviços sexuais BSD lembrou em um comunicado que "quase todos os comércios reabriram na Alemanha" mas que os bordéis "parecem ter sido esquecidos pelas autoridades políticas".
Segundo o BSD, muitas prostitutas decidiram exercer sua profissão em países vizinhos como Suíça, Bélgica, Áustria, República Tcheca ou Holanda "onde a prostituição está autorizada novamente" sob certas condições de higiene.
A Áustria voltou a abrir seus bordéis em 1º de julho.
Na Alemanha, alguns estados regionais, como Turíngia, também estão considerando a possibilidade de permitir sua reabertura.