Atentado com carro-bomba deixa 12 mortos no Afeganistão
De acordo com o Ministério do Interior, o veículo explodiu em frente à sede da polícia
Pelo menos 12 civis morreram, e mais de 100 ficaram feridos em um ataque com carro-bomba a um quartel da polícia afegã na província de Ghor, no oeste do país - disseram as autoridades.
O atentado aconteceu em Feroz Koh, capital de Ghor, província que até agora não sofreu muita violência, em comparação com outras regiões do país.
De acordo com o Ministério do Interior, o carro-bomba explodiu em frente à sede da polícia de Ghor por volta das 11h locais.
"Os terroristas detonaram um carro cheio de explosivos (...) Como resultado, 12 civis foram mortos, e mais de 100 pessoas ficaram feridas", informou o Ministério do Interior.
Juma Gul Yakoobi, oficial de saúde de Ghor, disse à AFP que as vítimas também incluíam membros das forças de segurança.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas os confrontos entre os talibãs e o governo aumentaram nas últimas semanas.
"A explosão foi muito potente", afirmou o porta-voz do governador de Ghor, Aref Abir.
"Há mortos e feridos, e eles estão sendo levados para os hospitais", acrescentou.
A deflagração também danificou prédios próximos, onde são tratadas questões relacionadas com mulheres e deficientes.
A Presidência afegã responsabilizou os talibãs pelo ataque. "A continuação da violência e os ataques pelos talibãs afetarão seriamente os esforços de paz do governo de Afeganistão e seus sócios internacionais", apontou.
As negociações de paz entre os talibãs e o governo afegão começaram no mês passado, no Catar, mas parecem estagnadas, e a violência continua no país.
"Todos os conteúdos do acordo dos Estados Unidos e do Emirado islâmico são claros, mas o outro lado os violou em muitas ocasiões e está realizando ações provocadoras e bombardeios em zonas que não são de combate", disseram os talibãs em um comunicado.
Os militares americanos rejeitaram a acusação talibã.
"Os bombardeios americanos em Helmand e Farah foram e continuarão sendo apenas em defesa das Forças de Segurança afegãs (ANDSF), pois são atacadas pelos talibãs", tuitou o porta-voz militar americano, coronel Sonny Leggett.
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