Arte: Daniel Herrera

A cada ano, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) premia os melhores projetos acadêmicos desenvolvidos por alunos de Comunicação Social no país, por meio do concurso Expocom. Ontem (4) foi a vez de conhecer os finalistas da região sudeste e a Universidade Guarulhos (UNG) conquistou dois prêmios, nas categorias Revista Laboratório e Ensaio Fotográfico Artístico, que agora vão representar a instituição na disputa nacional, que ocorre de 4 a 9 de outubro de 2021.  

Nesta edição, a UNG  concorria em 10 categorias na região sudeste. Conquistou  um dos prêmios com a revista “Cultcom”, desenvolvida pelos alunos do 5º semestre de 2020 do curso de Jornalismo, sob a chefia de reportagem dos estudantes Gustavo Adorni Cruz e Alfredo Carvalho; e também, o Ensaio Fotográfico “Autoretrato – A Diversidade Sexual Marginalizada Pela Influência da Igreja”, do aluno do 4º semestre de 2020 do curso de fotografia, Bruno Faria Pinheiro.

De acordo com o professor e coordenador dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design e Fotografia da UNG, Alex Francisco, os projetos vencedores foram desenvolvidos durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), momento em que os alunos e professores precisaram adaptar os processos de aprendizado e produção à nova realidade. “O que prova o quanto os profissionais da Comunicação formados pela UNG estão cada vez mais preparados para o mercado de trabalho, que está em plena transformação”, aponta.

Francisco destaca que o ensaio fotográfico de Pinheiro aborda as questões de gênero e sexualidade, enquanto as reportagens da Cultcom evidenciam como muitos artistas e produtores culturais precisaram se adaptar ao mundo pandêmico para seguir com seus trabalhos. “Então, essa premiação também demonstra o quanto nossos alunos e professores estão alinhados, sensíveis e críticos aos temas da agenda contemporânea. Não tenho dúvidas de que esse é um olhar profissional do presente, que projeta o futuro da área”, afirma.

O aluno Gustavo Adorni lembra que a conquista não é apenas dos chefes de reportagem, mas também de todos os alunos que desenvolveram as matérias e tornaram a Cultcom uma realidade. O aluno descreve a alegria de saber que tudo o que é construído em uma universidade pode render frutos, que podem vir em formato de prêmio ou em possíveis vagas de emprego. “Agora vamos para as nacionais, competir com pessoas que fizeram trabalhos incríveis por todo Brasil. Será uma alegria se formos escolhidos novamente como melhor, mas já é uma honra imensa só de ter conseguido essa nomeação”, define.

Para o professor do curso de Fotografia e orientador do ensaio fotográfico vencedor, Daniel Herrera, a sensação é a de dever cumprido, já que desde o lançamento do edital de 2021, os professores enxergavam potencial no projeto de Pinheiro. “É um trabalho revelador, de profunda reflexão sobre os padrões da sociedade e o dogma religioso, além de ser um trabalho desenvolvido com uma aplicação de técnica fotográfica, têm muito do que é o próprio aluno. Portanto, foi muito merecida a premiação dele”, ressalta.

Bruno Pinheiro, agora ex-aluno do curso, conta que o sentimento é de felicidade, por saber que é capaz de realizar um ensaio fotográfico digno de estar entre os finalistas, junto ao orgulho de ter representado a UNG. “Mas o que eu considero mais importante, é saber que o tema foi ouvido, uma vez que o problema precisa ser discutido e mostrado para a sociedade”, comenta.