EUA deve ajudar refugiados afegãos, diz George W. Bush
George W. Bush disse que ele e a ex-primeira-dama, Laura Bush, assistiram com "profunda tristeza" ao rápido colapso do governo afegão, após o fim da missão internacional no país liderada pelos Estados Unidos
O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, que ordenou a invasão do Afeganistão após os ataques de 11 de setembro de 2001, pediu ao atual governo americano que ajude os afegãos que fogem do país por medo de um novo regime talibã.
"Os afegãos que estão correndo risco agora são os mesmos que estiveram na vanguarda do progresso em sua nação", disse W. Bush em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira, no qual pediu ao presidente Joe Biden para acelerar as retiradas.
"O governo dos Estados Unidos tem a autoridade legal para reduzir a burocracia para os refugiados durante as crises humanitárias urgentes. E temos a responsabilidade e os recursos para garantir uma saída segura para eles agora, sem demoras burocráticas", afirmou.
O 43º presidente dos EUA disse que ele e a ex-primeira-dama, Laura Bush, assistiram com "profunda tristeza" ao rápido colapso do governo afegão, após o fim da missão internacional no país liderada pelos Estados Unidos e estão "prontos" para oferecer seu "apoio e assistência neste momento de necessidade".
W. Bush liderou a invasão do Afeganistão para derrubar o regime talibã que protegia o então líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, depois dos atentados do 11 de Setembro, nos EUA. Os ataques deixaram 2.977 mortos.
O governo W. Bush foi criticado por desviar sua atenção do Afeganistão nos primeiros anos do conflito para invadir o Iraque, permitindo que a luta com os talibãs se prolongasse sem um propósito claro.
O ex-presidente alegou que o conflito afegão não foi em vão e disse que as tropas americanas eliminaram "um inimigo brutal", enquanto, ao mesmo tempo, construíam escolas e forneciam atendimento médico.
O Afeganistão caiu nas mãos dos talibãs após uma ofensiva meteórica, antes mesmo do fim do prazo estabelecido por Biden para a retirada dos últimos soldados americanos em 31 de agosto.
Agora, os Estados Unidos tentam retirar seus cidadãos e os afegãos que trabalharam para as Forças Armadas americanas.
Muitos afegãos temem que os talibãs imponham a mesma versão ultrarrigorosa da lei islâmica adotada quando governaram o país entre 1996 e 2001.